Abrindo o coração!

Renato Vargens

Cristo me salvou em agosto de 1986 e desde 1987 tenho trabalhado ininterruptamente. Já fui líder de jovens, coordenador de grupos caseiros, diácono, e desde 1993, ministro do evangelho. Como pastor tenho plantado igrejas, me esmerado no ensino, pregado em congressos e conferências, aplicado seminários para jovens e famílias, defendido com paixão a sã doutrina, aconselhado os trôpegos, discipulado os neófitos, exortado os insubmissos, ministrado em hospitais, asilos e presídios, além de oficializar casamentos e cerimônias fúnebres. Como escritor, tenho escrito livros, artigos, crônicas, cantatas e mensagens pastorais que têm sido publicados em sites, portais e editoras no Brasil e no exterior.

Isto posto, confesso que às vezes tenho me sentido cansado, até porque, as demandas da Igreja de Cristo são cada vez maiores. Como bem disse o nosso Senhor, a Seara é grande e são poucos os trabalhadores. Basta olharmos para as nossas cidades que veremos inúmeras pessoas perdidas e sem rumo. Além disso, nossas igrejas estão lotadas de pessoas sedentas da Verdade Eterna, o que implica necessariamente em pastores capacitados a instruí-las na sã doutrina.

Quando me converti era comum ouvir inúmeras pessoas testemunharem a respeito do seu chamado e vocação ministerial. Lembro que do Oiapoque ao Chuí, moças e rapazes entregavam suas vidas a Cristo colocando-se inteiramente a disposição do Senhor. Hoje as coisas são diferentes, até porque, em virtude do hedonismo que domina os corações dos crentes, as pessoas estão mais preocupadas com a riqueza da Seara do que propriamente a Seara. Infelizmente tal comportamento tem contribuido em muito para a sobrecarga de inúmeros pastores que têm trabalhado muito mais do que devia ou pode. Na verdade, não são poucos os jovens que no afã de satisfazerem suas vontades pessoais optaram por uma profícua carreira profissional colocando em segundo plano a vocação pastoral.

Caro leitor, pode ser que eu esteja errado, entretanto a impressão que tenho é que nos últimos anos o número de vocacionados diminuiu substancialmente, o que nos leva irremediavelmente a necessidade de rogarmos ao Senhor da Seara para que nos envie trabalhadores.

Pense nisso!

Renato Vargens