Neste domingo o país foi surpreendido pelo desabamento do teto do templo da Igreja Renascer em Cristo em São Paulo. Os números da tragédia definitivamente chocaram a nação, deixando perplexos milhões de pessoas em todo território nacional. Na ocasião 09 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em um dos piores desastres ocorrido a uma igreja evangélica brasileira.
Pois é, como costumo dizer, tragédias fazem parte da vida, e o fato de sermos crentes não nos isenta da possibilidade de enfrentá-las em nosso cotidiano. Entretanto, os adeptos da teologia da prosperidade ou confissão positiva, acreditam veementemente que não existe maldição sem causa, e que o fato de alguma tragédia sobrevir a alguém se deve àquilo que chamam de “legalidade”, ou seja: em virtude de um pecado ou alguma coisa contrária a vontade de Deus, as desgraças aparecem. Ora, ao contrário disto, Jesus disse que a chuva cai sobre bons e maus e que o fato de termos nos tornado seus discípulos não nos livra de aflições.
Caro leitor, independente de sermos crentes ou não, a vida nos reserva altos e baixos; sombras e luzes; vitórias e derrotas; alegrias e tragédias! Aliás, tragédias são indescritíveis. Elas não têm hora para chegar, não pedem licença e sem que as autorizemos abruptamente invadem nossas vidas interrompendo sonhos, projetos e ideais.
Tragédias nos provam, nos sacodem existencialmente, violentam a alma. Tragédias possuem a cruel capacidade de sugar de nossos corações a expectativa de um mundo melhor.
Ninguém deliberadamente em sã consciência projeta tragédias para suas próprias vidas. Na verdade, cada um de nós sonha e pensa no melhor de Deus. Isto porque, nosso desejo é vivermos sob as bênçãos do Senhor desfrutando das benesses do Todo-Poderoso em todos os instantes da existência. Por acaso você já pensou o quão maravilhoso seria se tudo realmente fosse assim? Infelizmente a vida não é um mar de rosas, até porque, existem instantes na caminhada que a tragédia arromba as portas da nossa casa levando-nos ao pranto e desespero.
Em situações como estas é comum o questionamento: “Por que Senhor? O que fizemos para merecer tal coisa?”
Ora, não quero ser simplista em tentar explicar tragédias, até porque, nem sempre nos é possível fazê-lo. Todavia, as Sagradas Escrituras nos apontam um Deus soberano que tudo sabe e tudo vê, e que por entrelinhas nos ensina a confiar exclusivamente nele.
Deus não é um déspota masoquista que tem prazer na dor e no sofrimento dos homens. Nosso Senhor, usa nossas agonias e angustias no intuito de que o conheçamos melhor.
Na verdade, são em momentos de adversidade que podemos sentir de perto os braços acolhedores do pai.
O Deus da Bíblia não nos abandona em meios aos tsunamis da vida. Ele aproveita cada momento, para nos enviar sinais do seu grande amor, cuidando afetuosamente dos nossos corações, confortando-nos e ministrando o consolo do Espírito Santo.
Que o Senhor nosso Deus possa consolar os que sofrem.
Pense nisso!
Renato Vargens
Muito bom...
Amém!
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