Um ano se passou desde que o mundo foi sacudido pelo Coranavírus. De lá pra cá o Brasil tem experimentado uma severa crise. Se não bastasse os mais de 250 mil mortos pela COVID 19, o país vivencia um verdadeiro caos politico, social e econômico.
Lembro que no início da pandemia a maioria daqueles que nos governam, defenderam com unhas e dentes a necessidade de lockdown. Na época a justificativa usada pelos políticos era que havia necessidade de que a curva fosse achatada, proporcionando com isso tempo suficiente para que fossem construídos hospitais de campanha, onde a população doente poderia se tratar com qualidade e eficiência. Contudo, parte dos prefeitos e governadores aproveitaram das circunstâncias e desviaram recursos públicos, sucateando a já combalida saúde, proporcionando com isso o desvio de milhões de reais do erário.
Agora, um ano depois, os políticos mais uma vez, vem a público dizendo que a solução para as mortes provenientes desta maldita doença está em trancar o povo dentre de casa. Nessa perspectiva multiplica-se a olhos vistos o número de prefeitos que de modo arbitrário tem ordenado o fechamento das ruas, comércios, industrias e até mesmo igrejas. Um exemplo disso é a cidade de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, cujo prefeito determinou um restrito lockdown, onde até mesmo supermercados e postos de gasolina foram obrigados a fechar.
Como não podia deixar de ser, após seis dias das medidas de restrição, os habitantes da cidade apontaram para o aumento do número de pessoas em situação de pobreza nas ruas, isto sem falar é claro, na angústia, na ansiedade e medo reinante em toda a população.
Diante dos desmandos proveniente de prefeitos e governadores que em nome de um excêntrico coronelismo tem imposto suas vontades à população brasileira, muitos tem perguntado de que maneira um cristão deve se posicionar diante da ameaça ou mesmo de um lockdown.
Será que igrejas devem obedecer as ordens daqueles que nos governam? Será que os cristãos devem se submeter aos mandos e desmandos dos governantes?
Visando responder as dúvidas e perguntas de muitos discípulos de Jesus, gostaria de forma prática, e à luz das Escrituras fazer algumas afirmações, senão vejamos:
1-) Como cristãos entendemos o momento nevrálgico que o mundo passa e que em virtude disso, somos chamados a combater a disseminação deste vírus, o que implica em responsabilidade pessoal e social.
2-) Como cristãos entendemos que devemos nos submeter as autoridades constituídas visto que isso agrada ao Senhor. A Palavra de Deus é clara em afirmar em Romanos 13:1-7, que como cristãos devemos nos submeter àqueles que nos governam.
3-) Como cristãos entendemos que as Escrituras ensinam que nossa obediência a Deus não é opcional. Na verdade, somos chamados a obedecer ao Senhor em tudo e em todas as coisas. Todavia, ao contrário disto, a nossa submissão às autoridades governamentais, devem ser constantemente avaliadas. Na verdade, o cristão necessita averiguar se as leis aplicadas e defendidas pelos governantes infringem os princípios bíblicos, induzindo assim o servo de Cristo a cometer atos contrários à Palavra de Deus. O reformador francês João Calvino afirmava que a desobediência civil ou a rebelião somente se justificam quando o Estado quer obrigar as pessoas a desobedeceram a Deus. Segundo as Escrituras, se isso efetivamente acontecer devemos recusar obedecer as leis contrárias a Palavra do Senhor permanecendo fiéis àquele que nos salvou. (Atos 4. 19-21, 31; Daniel 3:14-23). Calvino também dizia que apesar do Estado ser fruto de uma ordem divina, ele não pode ocupar em hipótese alguma o lugar de Deus. O reformador também afirmava que apesar de Deus ter ordenado o governo, Ele continua sendo Senhor sobre a sua ordenação, e o governo continua sujeito a Ele.
4-) Como cristãos entendemos que o Estado deve ser um agente de justiça para restringir o mal, punindo o malfeitor, e para proteger os bons na sociedade. Quando ele faz o inverso, não tem autoridade legítima. Ele se torna uma autoridade usurpada e, como tal, se torna ilegal e tirana”
Diante do exposto concluo dizendo:
1) Como cristãos lutemos juntamente com a sociedade civil e o Estado pelo bem da população colaborando com as medidas de combate ao coranavírus.
2-) Como cristãos devemos nos submeter ao Estado desde que este não queira nos obrigar a irmos contra à Palavra de Deus. Ademais também ressaltamos que não vivemos numa ditatura e sim num estado democrático onde os cidadãos possuem o direito constitucional de professar sua religião questionando as decisões daqueles que nos governam.
3-) Por fim como cristãos devemos ter a sensibilidade e entendimento de que se chegar um dia em que o Estado desejar a todo custo nos proibir de servir a Cristo impedindo nossos encontros e cultos ele deverá ser resistido.
Renato Vargens
Amém!
Se eu entendi o seu artigo pastor,o senhor está fazendo uma crítica ao fechamento das Igrejas.Que mesmo que os governantes estejam errados com sua estratégias e não ferirem a palavra de Deus devem ser obedecidos.Será que tivéssemos as vacinas precisaríamos estar passando por isso?E porque não temos a vacina?Será que as pessoas estão morrendo por falta de vacina?Será quem o responsável politicamente para as compras das vacinas?Pastor matar é contra a lei de Deus?Se algum governante fosse culpado pela morte de milhares de pessoas deveríamos usar da desobediência civil contra esse governante?
Amém!grande mestre.
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