segunda-feira, agosto 03, 2015

Três tipos de desigrejados


Na minha opinião existem três tipos de desigrejados, senão vejamos: 

1-) Os que foram feridos na batalha. Esses são aqueles que frequentaram estruturas despóticas conduzidas por coronéis da fé, que de forma perversa foram arrebentados por profetas da mentira que em nome de Deus ensinam aquilo que a Bíblia jamais ensinou. Os feridos da batalha precisam ser acolhidos, amados e tratados com paciência afim de que mediante o evangelho possam ser curados de suas marcas e decepções.  

2-) Os semi-igrejados. Os semi-igrejados são aqueles que aparecem nos cultos algumas vezes, mas não toda semana. Eles estão dentro e fora, estão ligados e desligados, um domingo aqui e dois sumidos. Semi-igrejados são pessoas que passam por todo o processo de fazer parte de uma igreja, não têm qualquer problema com a igreja, mas, ainda assim, só entram por suas portas uma ou duas vezes ao mês.  

3-) Os que odeiam a noiva. Esse tipo de desigrejado ama falar mal da Igreja, de suas estruturas e pastores. Para ele, a noiva de Cristo é um tipo de prostituta que precisa ser rejeitada. Nessa perspectiva, condenam as reuniões no templo, falam mal de pastores, são avarentos, criticam tudo e todos, preferindo viver a vida cristã como nômades, não se submetendo a ninguém e nem a nada, simplesmente pelo fato de que acreditam que qualquer estrutura por menor que seja é maligna e diabólica. Para tanto os "haters" fundamentam sua eclesiologia em textos isolados, incentivando a reunião nas casas em detrimento ao templo, esquecendo que as Escrituras ensinam sobre a necessidade que a igreja tem de presbíteros, disciplina e ministração dos sacramentos aos que foram salvos por Cristo. 

Caro leitor, os feridos na batalha precisam ser amados, os semi-igrejados precisam ser exortados em amor a não deixarem de congregar, como é costume de alguns. (Hebreus 10.25) Agora, os "haters" da noiva precisam em amor ser confrontados a fim de que caiam em si e entendam que a noiva, é de Cristo e não uma prostituta qualquer. 

Pense nisso! 

Renato Vargens
LIROBA disse...

Pastor talvez eu seja um semi-igrejado a nível eclesiástico denominacional, mais biblicamente sou a igreja de Cristo totalmente compromissada e em processo de santificação, pois, eu e minha esposa, oramos, meditamos, estudamos, a BÍBLIA e teologia reformada. O problema e que até dei aula na EBD, minha esposa participou do louvor, mais devido a divergências doutrinárias (Calvinismo x arminianismo), eu achei por bem apenas frequentar culto uma vez por semana, pois, o Pastor prega o evangelho puro e passei a interceder pelo meu Pastor, pois, como a maioria esta contaminado pelo sistema denominacional eclesiástico, que transformou a igreja que deveria somente ser uma casa de oração, num, clube social cheio de regras advindas de um regimento interno, o que não concordo e nunca concordarei, enquanto eu estudar a igreja primitiva.

HP disse...

Renato,

Abaixo reproduzo fragmentos de um comentário feito a respeito de “desigrejados”, feito algum tempo atrás
a um vídeo aonde Idauro Campos e Ricardo Bitun comentam sobre desigrejados.

O rótulo “desigrejado” recebeu força num artigo do Augustus Nicodemus, publicado há anos no seu blog Ó Tempora, ó mores. Mas até neste mesmo artigo, Nicodemus se refere aos “Cristãos que não querem se reunir com outros cristãos”, ou seja GENTE QUE SE ISOLA DE OUTROS CRENTES E QUER SERVIR A DEUS SOZINHO, SEM CULTUAR E SEM CONVIVER COM IRMÃOS.

Nicodemus não esnoba os cristãos que optam por se reunir em suas casas e que não tem entre si nenhum “pastor-mediador” a não ser Cristo entre os homens e Deus. Aliás, no texto original ele concorda com o que chama "Igreja nas casas".

Porém, Nicodemus ao ver o frisson que seu texto causou no meio “teológico-acadêmico brasileiro” silenciou às críticas aos grupos de cristãos que se reúnem de forma informal e sem liderança ou placa denominacional. Seja nas casas ou em salões alugados.


A verdade é que há um medo que beira pavor por parte dos pastores de denominações reformadas com este movimento. É um perigo muito grande para as denominações reformadas que tem seus custos para arcar. Afinal, há prédios para serem mantidos, corpo pastoral para ser mantido, enfim uma estrutura muito grande criada para ser mantida.
Percebo também que tal "pavor" é quase nulo nas neopentecostais por hora. A briga deles é com outras neopentecostais.

Geralmente os mesmos pastores que criticam de maneira feroz os “desigrejados” defendem com força até maior o dízimo em forma de dinheiro, depositado nas contas das instituições.

O “ajudar a obra de Deus” se passa com o fiel trabalhando, ganhando seu salário e tirando os 10% depositando nas contas da denominação.

É deste valor que são mantidos os prédios, os pastores, os eventos, os missionários, etc.

Quanto mais pessoas fugirem das suas denominações, menos dinheiro terão. E para quem “sentiu o chamado pastoral” e não tem outra profissão na vida a não ser no ramo da teologia (e seus mestrados, doutorados, PhDs), ver o rebanho sair pelas portas é algo pavoroso.

Pensar que seus livros e suas palestras e conferências serão afetadas, causam calafrios similares.

São muitos os pastores reformados especialistas na "Teologia e Missões de Paulo". Mas infelizmente são poucos os pastores que lembram que Paulo também confeccionava tendas… Enfim, estudam tanto Paulo e se esquecem que ele tinha uma profissão para seu sustento próprio…

O medo, pra não falar raiva ou desprezo, é tanto com os “desigrejados” que confundem o Senhorio de Cristo com liturgia de culto! A cegueira é tanta que alguns chegam a dizer que “os desigrejados recebem irmãos em suas casas e celebram a Ceia juntos”, como se isso não fosse Igreja.


Enfim, eu pessoalmente procuro seguir o exemplo de Cristo nesta situação. Ele se reunia em casas, mas também nas sinagogas. Foi ao Templo em Jerusalém, mas cultuava a Deus na montanha, na praia, nas estradas, na praia, dentro do barco, no deserto.

Jesus mesmo nos prometeu: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mt 18:20

Eu não perco a oportunidade de estar com o Senhor Jesus, quando o que me é necessário somente estar reunido em nome Dele com mais um irmão apenas!

Hoje sirvo a Deus. No templo, na internet, na minha casa, num café, dirigindo o carro, jantando num restaurante. Tenho irmãos em Cristo vizinhos de casa, longínquos conhecidos pela internet, mas caminhando juntos na mesma fé.
Sou membro de uma denominação. Cultuo a Deus lá e prego o Evangelho lá duas vezes por semana.
Mas sou um pequeno membro da Igreja de Cristo, aonde cultuo a Deus várias vezes por dia. Seja fisicamente juntos, ou através de uma ligação, uma mensagem de texto, uma postagem, uma conversa virtual.

Igreja esta que não tem CNPJ nem liturgia a seguir. Não tem muros e nem placa que diga o nome qual é.

Igreja essa que o ÚNICO CABEÇA É CRISTO e os outros membros, são apenas o que são: Membros.

Unknown disse...

Muito boa explanação

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ministério pastoral

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