Por Renato Vargens
Ultimamente tenho sido inquirido por alguns sobre o que penso a respeito da Teologia da Missão Integral, até porque, um número grande de evangélicos influenciados por esse não tão novo conceito não falam de outra coisa em suas igrejas.
Vale a pena ressaltar que o interessante é que muitos desses "integralistas", desconhecem os bases doutrinárias da TMI, bem como Lausanne 74. Na verdade, penso que parte dos defensores da TMI adaptaram os ideais de Lausanne a uma Teologia latino Americana de cunho esquerdista e marxista.
Isto posto, segue abaixo uma rápida nota sobre a Missão Integral.
O grande problema de alguns que defendem a TMI é que o fazem numa perspectiva reducionista e marxista. Para os defensores deste tipo de teologia o evangelho não passa de uma luta social onde o que importa é implementação de uma ideologia política. Lamentavelmente para estes o evangelho se reduz a intervenções sociais excluindo do foco da missão a pregação da única mensagem capaz de salvar o pecador, isto é, Cristo Crucificado. Ora, a igreja foi chamada para que prioritariamente pregue o evangelho e isso é ponto pacífico. Agora, é claro que a Igreja também pode e deve assistir os que sofrem as agruras de um mundo caído, contudo, não esqueçamos JAMAIS, que nossa missão é a glória de Deus e a salvação do pecador.
Para terminar tomo emprestado as palavras do Pastor Leonardo Gonçalves, Pastor da Igreja Cristã da Aliança em São Lourenço, Minas Gerais e editor do Púlpito Cristão:
"Alguns dos promotores da Missão Integral no Brasil parecem se inspirar mais no marxismo do que na Bíblia. Ora, confundir comunidade cristã com uma ideologia que foi responsável por milhões de mortes no mundo, incluindo muitos cristãos, é uma boçalidade. O discurso da Missão Integral tem servido de plataforma política para ideias esquerdistas, e sua super-ênfase no social tem levado alguns a pregar um conceito que beira a salvação pelas obras, algo abominável do ponto de vista bíblico."
Como bem disse o meu amigo Franklin Ferreira, "nunca vi um hospital criado ou mantido por adeptos da Missão Integral."
Isto posto, termino dizendo: Quer auxiliar o pobre? O faça. Quer alimentar os famintos? Aleluia! Quer socorrer os miseráveis? Bendito seja o Senhor! Agora, não esqueça que TUDO isso sem Cristo e sem a mensagem que confronta o pecador inviabiliza a pregação. Ressalto também que a rica tradição da igreja , com hospitais, escolas, universidades, organizações humanitárias nos ensina que não existe necessidade de divorciar a pregação do evangelho com o socorro ao necessitado, todavia não podemos e nem temos autoridade da parte de Deus para fazermos da Igreja uma ONG.
Lembre-se: Fomos chamados para pregar prioritariamente salvação do homem da condenação eterna.
É o que penso, é o que digo.
Renato Vargens
Vale a pena ressaltar que o interessante é que muitos desses "integralistas", desconhecem os bases doutrinárias da TMI, bem como Lausanne 74. Na verdade, penso que parte dos defensores da TMI adaptaram os ideais de Lausanne a uma Teologia latino Americana de cunho esquerdista e marxista.
Isto posto, segue abaixo uma rápida nota sobre a Missão Integral.
O grande problema de alguns que defendem a TMI é que o fazem numa perspectiva reducionista e marxista. Para os defensores deste tipo de teologia o evangelho não passa de uma luta social onde o que importa é implementação de uma ideologia política. Lamentavelmente para estes o evangelho se reduz a intervenções sociais excluindo do foco da missão a pregação da única mensagem capaz de salvar o pecador, isto é, Cristo Crucificado. Ora, a igreja foi chamada para que prioritariamente pregue o evangelho e isso é ponto pacífico. Agora, é claro que a Igreja também pode e deve assistir os que sofrem as agruras de um mundo caído, contudo, não esqueçamos JAMAIS, que nossa missão é a glória de Deus e a salvação do pecador.
Para terminar tomo emprestado as palavras do Pastor Leonardo Gonçalves, Pastor da Igreja Cristã da Aliança em São Lourenço, Minas Gerais e editor do Púlpito Cristão:
"Alguns dos promotores da Missão Integral no Brasil parecem se inspirar mais no marxismo do que na Bíblia. Ora, confundir comunidade cristã com uma ideologia que foi responsável por milhões de mortes no mundo, incluindo muitos cristãos, é uma boçalidade. O discurso da Missão Integral tem servido de plataforma política para ideias esquerdistas, e sua super-ênfase no social tem levado alguns a pregar um conceito que beira a salvação pelas obras, algo abominável do ponto de vista bíblico."
Como bem disse o meu amigo Franklin Ferreira, "nunca vi um hospital criado ou mantido por adeptos da Missão Integral."
Isto posto, termino dizendo: Quer auxiliar o pobre? O faça. Quer alimentar os famintos? Aleluia! Quer socorrer os miseráveis? Bendito seja o Senhor! Agora, não esqueça que TUDO isso sem Cristo e sem a mensagem que confronta o pecador inviabiliza a pregação. Ressalto também que a rica tradição da igreja , com hospitais, escolas, universidades, organizações humanitárias nos ensina que não existe necessidade de divorciar a pregação do evangelho com o socorro ao necessitado, todavia não podemos e nem temos autoridade da parte de Deus para fazermos da Igreja uma ONG.
Lembre-se: Fomos chamados para pregar prioritariamente salvação do homem da condenação eterna.
É o que penso, é o que digo.
Renato Vargens
Pastor Renato Vargens, gosto muito do seu blog e de tudo que o senhor escreve por aqui.
Em relação a Missão Integral, acredito que é um erro achar que quem defende a TMI é necessariamente marxista. Primeiro o marxismo é uma teoria sobre o funcionamento do mundo, não acho que deveríamos demoniza-lo como fazem muitos evangélicos por aí. Sei o motivo, todas as atrocidades que os socialistas pelos mundo fizeram na URSS, Coréia do Norte e outros, mas isso se deve a ações a partir de uma teoria de entendimento de mundo. O marxismo não é o comunismo, ou socialismo. Mesmo essas duas formas de mundo, também não deveriam ser demonizadas, porque o Comunismo Real foi fruto do que ateus, ou governantes psicopatas entenderam do que deveria ser o Socialismo. O Capitalismo desde sua origem matou e mata tanto gente, se não mais do que seu oposto. Não defendo o Comunismo/Socialismo, mas esse maniqueísmo: Capitalismo, de Deus, Comunismo, do Diabo, pra mim é reduzir a mensagem bíblica, que não é nem um nem outro.
Isso posto, vejo que a TMI não tem nada de novo, é apenas uma retomada de pressupostos bíblicos. O lema de Lausanne 1 que é "O evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens", resume bem a ideia do que é a Missão Integral.
Devemos pregar todo conselho do senhor, e é o que resume o "Evangelho todo". "Para todos os homens", é simples, o que cada cristão verdadeiro já acredita: que devemos anunciar a mensagem para todas as pessoas. Agora o que existe de retomada de princípios bíblicos é "o homem todo". A ideologia dominante no mundo cristão evangélico de que a Igreja deve se preocupar apenas com o espiritual é errada. Pregar o evangelho para uma pessoa que passa fome, deve ser pensada também em não apenas anunciar a palavra, mas em, de alguma forma, servir de instrumento de Deus, não só para faze-la nascer de novo(obra do Espírito Santo), mas também ajuda-la a sair dessa situação de miséria e fome, dando comida, e mais, ajuda-la se tornar autônoma, com um emprego, ou ensinando uma profissão.
Lausanne e a TMI surgiram num contexto, que ainda esta válido, em que a Teologia europeia e norte-americana vinham, e ainda vem para a América Latina e o Brasil, descontextualizada.
A América Latina e o Brasil são países pobres, com diversos problemas estruturais e culturais que apenas exportando uma visão de mundo europeia e norte-americana não resolvem. A mensagem é mesma,o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, mas as formas de ação seriam diferentes.
Digo isso porque somos teoricamente quase 25% da população brasileira, mas o que mudou efetivamente no Brasil desde que erámos pouquíssimos numericamente? Se que o senhor crítica esse evangelho superficial que tem se espalhado pelo Brasil, mas a TMI tenta recuperar de alguma forma a ação dos evangélicos.
Os reformadores, Lutero e principalmente Calvino, assim como os puritanos, transformaram os seus países, a palavra do Senhor, mudou não apenas o coração das pessoas, mas a sociedade como um todo, a cultura, a economia entre outros.
Afinal o homem não é só espirito, é alma(para os dicotomistas esses dois são um só), e corpo. O evangelho de Jesus age em todo o homem.
Graça e paz.
Pastor, parabéns pela postagem e pela coragem, com a qual concordo. Deus o abençoe.
Concordo plenamente com o seu raciocínio e suas convicções, parabéns e que Deus lhe abençoe.
Penso como você Kaio.
Pastor, quero deixar meu apoio ao mesmo, concordo plenamente com tudo que foi postado, eu acredito que devemos sim postar e falar a verdade sobre assuntos que tem lavado muitos ao emocionalisma secular, tenho a certeza que a verdade não vai tira nossos membros das igreja. Um abraço Deus ti use mais e mais.
Pastor, concordo plenamente, seu ponto de vista não está demonizado as pastes sitadas, o problema de muitos e não concordar com homens de coragens que posta a verdade, sem medo que sua igreja fique fazia por falar a verdade. Parabéns.
O marxismo não é comunismo? Ou é louco ou nunca leu max, o capitalismo mata e matou muita gente? Então venha pra cuba. A TMI defede gorvenos otimos como o de cuba,china,correia do norte, e caro o grande homem que passou pelo nosso mundo o Hugo chaves, AFF me adimira ver "cristão" apóia esses regimes. TMI e TL não tem e não pode ser compatível como o cristianismo e quem acha que é, ou não estudou nada ou é canalha mesmo.
Tomar o todo por uma parte, como se a análise de uma postura teológica ou sociológica pudesse ser submetida aos mesmos processos de análise como a biópsia de amostra de um tumor. Ariovaldo Ramos, de quem estou longe de me tornar fã, e outros, assim como a teologia da missão integral, não podem ser rotulados de marxistas em nenhuma hipótese. Concordo com o brother que se referiu a estas conclusões como puro maniqueísmo.
Caro Renato ,
Não me considero uma autoridade em Teologia , entretanto , resolvi reagir ao texto dizendo que a TMI cumpre sua função : Refletir o evangelho influenciar os cristãos para a pratica do evangelho contexto de injustiça e incoerência . Utiliza-se de princípios bíblicos , trabalha com a verdade bíblica e não distorce a mensagem do evangelho, ao contrario , abre os nossos olhos para verdades bíblicas que nos foram escondidas por séculos. Talvez a resistência a TMI ocorra em função de questões subculturais que lidam com questões periféricas ao evangelho tais como a forma , os padrões estabelecidos, as tradições interpretativas e teológicas, os métodos , que não são absolutos. No nosso caminhar cristão é suficiente utilizarmos as Escrituras para formulação de princípios que são absolutos e utilizar a cultura para abrir nossas percepções e sensibilidade para a prática desde princípios nos diferentes contextos como bem mostra a historia da Igreja .
Um abraço
No amor do Pai
Naama
Prezados,
O que acho interessante é que virou moda alguns afirmarem que os se manifestam contra o viés tupiniqum da missão integral desconhecem o assunto. Ora, foi assim com o Jonas Madureira que foi agredido por aguns e tem sido com outros tantos que divergem da visão marxista de ALGUNS integralistas. Isto posto pergunto: Será que só conhece o assunto os envolvidos ana TMI? Será que o fato de divirgir de alguns pressupostos da Missão Integral faz de cada um dos divergentes apedeutas do assunto? Acredito que não.
É o que penso.
Renato Vargens
Através do debate e da reflexão resulta no aprendizado...
Os conceitos relacionados com a Missão Integral da Igreja( Protestante) e Nova Evangelização(Católicos). Não devem ser discutidos e estudados a partir dos eixos de uma teologia. A Missão Integral da igreja é uma proposta pastoral, portanto deve atender as demandas de seu tempo, sem anular o mistério do evangelho e a atuação do Espirito Santo na Igreja. Ainda como proposta pastoral ela deve vestir a roupa que for necessária para que o Evangelho Todo se faça presente a todo tempo em todos os lugares para tornar Jesus conhecido a todos os povos da terra.
Essencialmente a Missão Integral exige ação a favor daqueles que precisam, seguir o exemplo do Mestre...
Eu vi um missionário da JOCUM recentemente usando uma camiseta com o seguinte ditado: "O evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens". Parece certo. Parece nobre. Mas o que esse ditado (aparentemente desenvolvido no Pacto de Lausanne de 1974) acaba fazendo é "acresentar" algo ao evangelho que não achamos no resumo de Paulo em 1 Coríntios 15.3-6: "Todo".
O que seria esse "evangelho todo"? E o que significa aplicá-lo (pregá-lo?) ao "homem todo"? Pelo menos, à luz de Marcos 16.15 e Mateus 28.18-20, podemos concordar que o evangelho é para "todos os homens". Mas, de novo, estamos falando no mesmo "evangelho"? Hummm...
Se usarmos o evangelho "bíblico" de 1 Co 15 como nossa guia, não há como acrescentar mais nada. Aliás, o "todo" é que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressucitou segundo as Escrituras. Acrescentar mais a "esse" evangelho, dizendo tal acréscimo ser "todo", insulta a aplicação de 2 Timóteo 3.16 ao texto em 1 Coríntios.
Independentemente desse debate sobre as raizes da MI, todos os lados do debate têm que lidar com a inerrante, infalível Palavra de Deus... e o evangelho "todo" esclarecido em 1 Co 15.
Irmãos, acho maravilhoso este debate, porque revela o quanto estamos tentando acertar. Duas vertentes teológicas sobre um tema relevante: "a práxis da igreja na ação social", que hoje vemos um divórcio entre o sistema metodológico, mas que em breve veremos um romance. Ainda veremos a teologia reformada de mãos dadas com a teologia de Missão integral. O que hoje está acontecendo é um processo de identificação e adaptação, e com isto algo de maravilhoso acontece: os extremos são identificados, percebidos e convidados a se retirar! A crise do sistema metodológico também se evidencia na fonte de doutrina: quanto a soteriologia, a relação entre a verticalidade e horizontalidade da salvação, que não pode ser desprezada e que será muito bem esclarecida. Isto é maravilhoso: um enfervecer teológico que resultará no que há de mais puro, isto se não abortarmos o processo pelo orgulho e altivez.
Teologia reformada X missão integral, será se são opostas? A unificação da evangelização e do social é algo recente da igreja? Missão integral é algo novo? O fato de alguns que aderem MI que são realmente de partido, olham na perspectiva política, desfaz o conteúdo escriturístico da responsabilidade social e da evangelização? O Fato de alguns de teologia liberal se aproximarem da MI desconstrói as suas bases do A.T e do N.T no aspecto da missão? O fato que alguns interpretam a luz do marxismo equivocadamente, anula o respaldo escriturístico do tema? Porque os críticos da MI não criticam Lausanne? Os reformadores não tinha uma visão e prática integral na evangelização e na responsabilidade social? A igreja, os patristicos, como Ambrosio, Capadocios e tantos outros não viviam esta realidade da compaixão? Não temos respaldo escrituristicos no A.T, criação e na imago dei, mandatos, queda, redenção, leis, profetas etc..No A.T. no ministério de Jesus, nos evangelhos, Lucas, Atos, teologia paulina não encontramos respaldos das escrituras que apontam para uma realidade de amor ao proximo de acolher em suas necessidades? Os testemunhos históricos, pais da igreja, idade média, reforma, os movimentos morávios e tantos outros será se não temos testemunhos histórico? Ainda em meus questionamentos quando se deu essa ruptura? será se não foi nos no embate dos liberais e fundamentalistas? Laussane não é a tentativa de uma retomada histórica, também reformada e escrituristica da Evangelização e da responsabilidade social? será se estamos brigando só por orgulho teológico em que a minha teologia que tem que aparecer? Creio que quando estamos chegando perto de uma cosmovisão mais reformada equilibrada da missão, quando a igreja brasileira começa a cansar de uma teologia da prosperidade, quando começa a fundamentar mais a sua praxe, quando começamos a vencer a inflencia gnóstica e alienante, quando em uma época do consumo e a igreja começa a perceber os equivacos. nós trituramos e confundimos todos, só pelas arrogâncias partidárias teológicas. Estou plenamente convencido das bases escrituristicas exegéticas a luz do histórico gramatical e de um testemunho da história da igreja de uma integralidade na missão da igreja, que mais condiz com a revolução que a teologia reformada trouxe. Antes que alguns me rotulem não tenho medo de esconder minhas referências de pensamento e praxe escrituristicas, sou reformado, e isso não anula a compreensão da missão integral da igreja. Ah! quanto ao texto do pastor Renato, me desculpe irmão, espero que seja por ser muito resumido seu texto, mas sua síntese fere e muito inclusive a cosmovisão reformada. Você reproduziu erros de uma visão reducionista da missão.
Numa contribuição pra lá de tardia, depois de um colega de trabalho tentar me provar através deste blog que preconizar a atenção aos menos validos e oprimidos é um intenção demoníaca da igreja luterana.
a pergunta certa não é se a TMI dialoga com o marxismo, mas sim: o marxismo não seria uma manifestação resultante da revolução iniciada pelo Cristo?
Marx critica a religião, especialmente o cristianismo do seu tempo, considerando que experimentava nas ruas muitas pessoas morrendo de tanto trabalhar, sem ter o que comer, onde dormir, o que vestir, muito menos onde cair morto no final do processo. Famílias destruídas, gente escravizada em nome do progresso e do avanço da de uma pequena porção de bons e argutos "cristãos" da época. Na Alemanha de Marx de um lado estavam altos saberes e uma sublimidade "cristã" amalgamados em um perspectiva idealizada da vida que não tangia a realidade, a concretude da miséria humana resultante da revolução industrial. Do outro a maioria da população arrebentada e aprisionada em condições desumanas, obrigados a trabalhar até o sangue e ainda forçados para em nome do bem da humanidade e aos moldes da religião dominante aceitar "humilde" e "pacientemente" a desgraça concreta da vida.
Certamente se Marx não fosse alemão em 1800 ( filho de um tempo de cristandade, protestantismo e critica do império da religião), não teria referencial epistemológico para propor, liberdade, autonomia, superação das condições desumanas. dentro das devidas proporções, a luta contra religião e a manipulação destruidora dos púlpitos se a semelha a fúria de Jesus contra os fariseus que em nome de Deus impediam as pessoas de caminharem livres. Sem falar da clareza da bíblia na reprovação do lucro, da usura, do amor ao dinheiro, etc..
Não estou de maneira nenhuma defendendo uma leitura sincrética do marxismo, muito pelo ao contrário, pretendo chamar a reflexão para o fato do poder revolucionário do evangelho influenciar iniciativas diversas mesmo fora da Igreja. Da mesma forma é relevante lembrar que a igreja e a cristandade como um todo é muito mais fruto do seu tempo do que senhora do seu tempo. E as interpretações da bíblia e o fenômeno da fé são historicamente moldadas pelas capacidades e possibilidades postas pela humanidade.
Marx foi um homem, em suas ignorâncias e méritos, lutando , a seu modo, pela vida.
Eu estou certo que o evangelho influenciou mais Marx do que Marx a missão integral, mesmo que isso tenha sido contra sua própria vontade e a vontade de muitos.
Marxismo está fundamentado no materialismo e não no teísmo, e por isso é errado. Se Deus não é o centro do teu mundo, ele não é teu deus.
Caio ..excelente colocação a respeito da TMI... lembrando q muitos q gostam de criticar a TMI são reformadores onde muitos acabam tomados por uma teologia escolástica e o evangelho fica resumido ao conhecimento e o discurso acadêmico....
Bom dia irmãos. A questão aqui discutida reaviva na igreja de Cristo o comprometimento por parte de cada crente em não só conceituar a graça salvífica mas vive-la intensamente com um coração profundamente arrependido e grato. Sendo as boas obras, frutos dessa graça que nos alcançou, não há como dissociar a pregação do evangelho do fazer o bem ao próximo. Fica aqui registrado quão graça maravilhosa que salvou um miserável pecador como eu e quanto amor oferecido a minha vida que precisa e deve ser compartilhado.
Muito boa sua exposição Caio.
Parabéns, Pastor Renato Vargens, de fato não há nada mais integral do que o evangelho e que não precisa ser complementado em sua reflexão, pensamento e operacionalização, por qualquer ideologia marxista, até porque na visão de Marx, Deus não é compatível, apenas a matéria...Em relação ao socorro aos pobres, o diabo de Marx é o capitalismo, principal protagonista pela desigualdade e miséria do mundo, mas um olhar mais panorâmico deixa claro que seriamos reducionistas e monocausalistas se pensarmos que apenas tal sistema econômico é responsável pelas diferenças de status e habitus entre as sociedades, então observamos que o cenário é formado por multicausalidades, multifacetadas em diversos segmentos sociais. Não vejo necessidade de acoplar ou imbricar a teoria Marxista a uma missão cuja proposta já engloba em seu escopo o socorro aos pobres, visando não somente a transformação social, mas do corpo e da alma.
Excelente publicação Pr. Renato Vargens, enfatizando a centralidade do Evangelho como as lentes corretas para se ler a realidade.
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