Por Renato Vargens
Outro dia eu escrevi um texto de grande repercussão na internet. "Evangélica, solteira e desesperada para casar." (leia aqui) o qual mobilizou milhares de pessoas nos mais diferentes lugares do Brasil e exterior.
Confesso que fiquei impressionado com as dezenas de comentários feitos por mulheres que se identificaram com o artigo. Na verdade, devido àquilo que pude averiguar no blog, twitter ou facebook fui tomado pela convicção de que o bicho é muito mais feio do que aparenta ser.
Lamentavelmente não são poucas aquelas que se encontram desesperadas para contrair matrimônio. O problema é que devido ao fato de termos muito mais mulheres do que homens em nossas igrejas, parte das jovens, frustradas por não possuírem um namorado abandonam a Cristo em detrimento a um casamento com um não cristão.
Pois bem, as consequência disso são absolutamente assustadoras. Há pouco recebi o email de uma jovem senhora que dizia o seguinte:
"Pastor, eu casei errado. Casei com um homem que não era cristão e me arrependi. Sinceramente se
pudesse continuaria solteira, agora não tenho como voltar atrás. Meu casamento é um verdadeiro horror."
Uma outra mulher, já bem mais idosa compartilhou dizendo: "Pastor se arrependimento matasse eu estava perdida. A maior bobagem da minha vida foi casar com uma pessoa não cristã. Eu fui criada na igreja, mas acabei casando com um adepto de uma outra religião. Pastor, minhas noites são regadas a muito choro. Hoje sofro por não ter casado com alguém que servia ao Senhor."
Caro leitor, não vale a pena trocar as "bênçãos do Senhor" por coisas temporárias. Ora, as Escrituras afirmam que Esaú trocou o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas. Infelizmente para o filho de Isaque a satisfação de uma necessidade momentânea era uma muita mais importante do que a herança de seu pai.
"E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó. E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado; E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom. Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura. E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura." Gênesis 25:28-34
E você? Será que a vale a pena sacrificar sua vida com Cristo pelo prazer do sexo? E quanto ao futuro? Por acaso uma casa edificada sob jugo desigual poderá prosperar?
Por favor, pare, pense e responda sinceramente: por acaso você já parou para pensar que o preço a ser pago por um casamento com uma pessoa não cristã pode ser alto demais?
Prezado amigo, se de fato você nasceu de novo, você entenderá que o Senhor é o nosso bem maior e que em virtude disso, não vale a pena colocar os pés pelas mãos.
Isto posto não se precipite, espere no Senhor acreditando que no tempo certo Ele lhe abençoará concedendo-lhe um casamento com alguém comprometido com Cristo e que vive para a glória de Deus.
Pense nisso!
Pr. Renato Vargens
Grato pela postagem. Seu texto serviu para confirmar ainda mais a minha convicção de esperar pela vontade de Deus na minha vida.
Umbelina,
Que o Senhor a abençoe ricamente lhe concedendo graça para cumprir e obedecer a sua palavra.
NEle,
Pr. Renato Vargens
casei com um.cristão e meu casamento.celebrado por por 5 pastores . Há casamentos cristãos infelizes tb ....e muito !!!!
Hoje estou separada faz já 1ano .
Bianca,
Verdade. Concordo com você. No entanto, o indice de divorcio entre incrédulos e crentes é infinitamente maior.
Abraços,
Renato vargens
Quando casei com a minha esposa, além de ateu, me achava um dos caras mais legais do mundo. Aos poucos percebi que existe um só Deus e este não é o que eu imaginava que seria. Contudo sempre estimulei a minha esposa a buscar a fé dela, afinal de contas, eu era um cara legal e ateu tolerante.
Fui ganho, sem palavras, pelo trabalho dela e pela ação do Espírito Santo.
Não estou dizendo que estou nem dentro, nem fora da curva, em relação ao que o Pastor escreveu, contudo, conto meu testemunho para deixar claro que é possível sim, uma mulher santificar sua casa e utilizar o seu exemplo, sem palavras, para arrastar.
Abraços.
João Rocha.
João,
Paz! O seu caso é uma excessão não é verdade? Em 10 situações complicadas uma é reversível.
Sugiro a leitura deste artigo: http://renatovargens.blogspot.com.br/2012/09/pastor-posso-brincar-de-roleta-russa.html
Abraços,
Renato Vargens
Paz!
Muito bom o texto da roleta russa. Infelizmente há pessoas que insistem em brincar disso, só que usando uma pistola! =/
Obrigado por compartilhar textos tão bons!
Abraços! =]
A Paz Pastor!
Concordo com o senhor, não é fácil esperar confesso, mas sei que é o certo. O pior é quando pessoas querem te apresentar pessoas não cristãs é muito complicado. Tenho uma amiga que está namorando um não cristão e isso me preocupa muito.
Fique na Paz e obrigada pelos textos publicados, sempre edificantes.
Roberta,
O problema é que as pessoas cedem com muita facilidade a pressão da família e da sociedade, e por cederem vivenciam inúmeros problemas. Em um dos meus livros eu afirmo que quem planta batatas, não colhe cenouras.
Infelizmente isso é uma triste verdade.
Abraços,
Pr. Renato Vargens
Uma reflexão de suma importância. Antes que o desespero tome conta de cada sentimento. É bom pensar no futuro... Não muito distante a propósito!
Graças a Deus tive o privilégio de casar com uma mulher de Deus. Nos casamos tarde... Eu com 29 e ela com 27 (ou na idade certa). Mas o suficientemente maduros para entender que o matrimônio parte do desejo do Senhor, que andemos e pensemos em comum a respeito de sua adoração e a nossa devoção a Ele.
Fazem isso porque são materialistas e interesseiras mesmo dentro da igreja e se dizendo cristãs. Preocupam-se mais com a estabilidade financeira e profissional do homem do que com amor verdadeiro e apoio mútuo que se pode ter ou viver num relacionamento que começa desde baixo, desde o zero. Isso elas aprenderam dos seus pais, ou seja, a não se relacionarem com "vagabundos". Nisso elas são excelentes alunas e ensinarão isso, por sua vez e muito bem, às suas filhas. E assim sucessivamente. Amor? Amor é coisa pra idealista, pra nefelibata, pra gente fora da realidade ou pra gente frustrada e fracassada. Preferem se relacionar com homens mundanos ainda que seus "valores" sejam flagrantemente antagônicos aos de Cristo, pois o que os homens em geral querem é prazer, é sexo e nada de fidelidade a não ser na aparência. Quão diferente é a atitude das mulheres da atitude de Cristo (Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus). Para quem a primazia é o espírito e não a matéria, ainda ou mesmo que essa matéria seja de primeira necessidade. e.emmanuellinsmaia@hotmail.com
https://www.facebook.com/emmanuellinsmaia
Embora concordo que há um "senso de sabedoria" por trás do texto, discordo em alguns pontos fundamentais quanto à tese do autor(a).
Primeiro, o texto cria uma falsa dicotomia entre casar-se com uma pessoa descrente (notoriamente um homem descrente, se entendi bem) e seguir a Cristo como se, ao fazer o primeiro, automaticamente deixaríamos de fazer o segundo - ou ainda mais forte, estaríamos abandonando Deus/Cristo com isso. Essa (falsa) dicotomia é crucial à tese desenvolvida e, todavia, não foi justificada em nenhum momento - ao mesmo tempo em que está longe de ser evidentemente verdadeira. Só uma - uma - passagem nas Escrituras que denfedem que um cristão deveria procurar casar-se com outro cristão - quando Paulo está falando das mulheres que querem casar-se novamente, que "o façam no Senhor" -, isto está anos-luz de distância de outras coisas ensinadas pelos apóstolos com muito mais ênfase e preocupação. Ora, se ao mentir (coisa muito mais grave segundo o teor das Escrituras) não diríamos que o cristão "abandonou a Cristo", mas tão somente que pecou, por que diríamos o primeiro com o caso de casamento com um descrente - algo que, SE for pecado, é muito inferior à mentira? Resumindo: houve falha com o ônus da prova e há razões para questionar a tese.
Mais do que isso, também houve um certo cherry picking: pegar alguns (poucos) testemunhos de pessoas que casarm-se com descrentes e se deram mal está longe de ser evidência suficiente para a tese defendida. E quanto aos casamentos com descrente que DERAM certo? Ou o autor(a) sugerem que nunca existiram ou que são de alguma forma irrelevantes? E o que dizer dos casamentos entre cristãos que TAMBÉM não deram certo? Também não existem ou são irrelevantes?
Ao meu ver, o que temos é que um casamento está longe de dar certo ou errado porque houve união com um descrente; o que mais importa são os fatores 1) proximidade de visões, conclusões e desejos do casal e 2) sabedoria para lidar com situações de divergência. Casar-se com um crente meramente significa que um campo (o religioso) terá mais afinidade, i.e. o item 1 acima terá "uns pontos a mais", mas está longe de ser o caso que isso vira um ponto decisivo quanto ao sucesso de uma união.
Abraços,
Momergil
O difícil é saber quem é de fato cristão não é nesmo?
Tem muita gente na igreja que passa longe de ser, por outro lado, há muitos que estão fora que, são.
As moças na verdade são vencidas pelas carências e pelos automatismos femininos, frutos em boa parte, dos acessos hormonais e emotivos que lhes rondam a personalidade.
Se as dececpcionadas fossem mais atentas, mais racionais e menos sentimentais simplesmente não cairiam no laço.
O problema aí não é necessariamente o a questão religiosa e sim do caráter do esposo que elas escolheram.
Vamos pensar mais com a razão?
Estimada irmã, Deus há de fazer justiça para todas aquelas que nEle confiam. Um subsídio que daria às irmãs nesta condição de solteiras Deus é aquilo que está escrito em João, quando dizia Jesus: Nao se turbe os vossos coraçoes, crede em Deus e em mim. Deus pode dar-te um parceiro evangélico praticante de outras paragens do Mundo e viverem muito felizes.
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