Por Renato Vargens
Outro dia ouvi de um pastor batista a seguinte afirmação: "Eu sou militar, no entanto, o que ganho como militar não dá pra sustentar minha familia, o que me levou entao a arrumar um bico como pastor." Há pouco, soube de um presbiteriano que disse: "Eu ler? Leio é nada! O que quero é fazer 70 anos de vida e abandonar o serviço pastoral."
Caro leitor, assusta-me o fato de termos pessoas entre os pastores que não sejam vocacionadas ao ministério. Na verdade, não são poucos aqueles que enxergam o serviço pastoral como um único e exclusivo meio de ganhar dinheiro. Lamentavelmente os nossos seminários estão repletos de pessoas que escolheram ser pastores não porque foram chamados por Deus, mas porque acreditam que o ministério pastoral é uma boa forma de se ganhar a vida.
Caro leitor, assusta-me o fato de termos pessoas entre os pastores que não sejam vocacionadas ao ministério. Na verdade, não são poucos aqueles que enxergam o serviço pastoral como um único e exclusivo meio de ganhar dinheiro. Lamentavelmente os nossos seminários estão repletos de pessoas que escolheram ser pastores não porque foram chamados por Deus, mas porque acreditam que o ministério pastoral é uma boa forma de se ganhar a vida.
Ora, diferentemente dos dias de hoje, lembro que há 25 anos atrás, quando me converti, era comum ouvir inúmeras pessoas testemunharem a respeito do seu chamado e vocação ministerial. Lembro que do Oiapoque ao Chuí, moças e rapazes entregavam suas vidas a Cristo colocando-se inteiramente a disposição do Senhor. Hoje as coisas são diferentes, até porque, em virtude do hedonismo que domina os corações dos crentes, as pessoas estão mais preocupadas com a riqueza da Seara do que propriamente a Seara. Infelizmente tal comportamento tem contribuido em muito para a sobrecarga de inúmeros pastores que têm trabalhado muito mais do que devia ou pode. Na verdade, não são poucos os jovens que no afã de satisfazerem suas vontades pessoais optaram por uma profícua carreira profissional colocando em segundo plano a vocação pastoral.
Caro leitor, pode ser que eu esteja errado, entretanto a impressão que tenho é que nos últimos anos o número de vocacionados diminuiu substancialmente, o que nos leva irremediavelmente a necessidade de rogarmos ao Senhor da Seara para que nos envie trabalhadores.
Pense nisso!
Renato Vargens
Prezados:
Infelizmente é isso mesmo. Pouquíssimos são os pastores que dedicam tempo integral à igreja. Nas igrejas tradicionais, por exemplo, isso já é uma aberração. OS pastores ganham suas elevadas côngruas, contudo não dedicam nem 8 horas de trabalhos às igrejas "POR SEMANA". Isso mesmo. A jornada de trabalho diária de 99% dos membros das igrejas é o mesmo (quando chega a muito) à jornada de trabalho de uma semana de um pastor. Em contrapartida, o salários dos pastores são, geralmente, bem acima do salário de 90% dos membros das igrejas.
Escrevi um post bem polêmico sobre isso, intitulado "Fórmula para saber se seu pastor está ganhando bem". Disponível em:
http://filosofiacalvinista.blogspot.com.br/2011/07/formula-pra-saber-se-seu-pastor-ganha.html
Quero convidá-lo e a todos os seus leitores para lerem e opinarem.
Tudo de bom!
Interessante o que o Senhor fala da diminuição dos que são realmente chamados, dos que são realmente vocacionados. Mas o que me apavora é que o número de pastores estão aumentando assustadoramente. E as vezes sou criticado por alguns colegas por estar tentando ser pastor de ovelhas.
Pastor....me tire uma dúvida. Hoje em dia vejo todas as pessoas agradecendo a Deus por vitórias, conquistas, gols, curas, etc. Porem é visível que tais pessoas, pelas suas obras, não testificam serem filhos do Pai. Existem um posicionamento da parte de Deus para com essas palavras de agradecimento? Como o Mestre enxerga tais pessoas?.....afinal está na boca do povo o tal "graças a Deus".
Abraço.
Davi
Prezado Renato,
Bem interessante seu artigo.
Permita-me apenas - não discordar - mas ter uma visão diferente da parte em que você diz: "Na verdade, não são poucos os jovens que no afã de satisfazerem suas vontades pessoais optaram por uma profícua carreira profissional colocando em segundo plano a vocação pastoral".
Sinceramente, prefiro esses do que aqueles que mesmo não tendo vocação alguma, "insistem" em ir para o ministério. Esses para mim, agem com mais honestidade.
Grato pela atenção,
Marcelo Luciano
Ipatinga/MG
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