Por Renato Vargens
A minha amiga Norma Braga publicou um texto em seu blog cujo título é: A "Ceia Acridoce." Caso não tenha lido a matéria, clique aqui.
Pois bem, em seu artigo Norma abordou a notícia de um evento da Fraternidade Teológica Latino-Americana, em Belo Horizonte onde os participantes da FTL ao celebrarem a ceia serviram também duas bandejas, uma com limão fatiado e outra com doce de leite. Segundo os participantes do evento, o pastor Carlos Queiroz iniciou a ceia explicando que não iria consagrar os elementos, pois alguns poderiam não concordar com ato que ele iria realizar. Na ocasião, ouve uma explanação de pelo menos 10 minutos explicando os significados da vida entre o amargo e doce e no final foi distribuído o pão e o vinho.
Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Se os participantes deste evento desejassem trazer a memória as agruras e vitórias da vida, a amargura e a doçura da existência que distribuissem limão e doce de leite em outra ocasião. Sim! Isso eles poderiam sentar a mesa comer limão e doce de leite a vontade, pensando nas distorções e ambiguidades da vida. No entanto, ao fazerem isso na Ceia do Senhor, os participantes desta "tosca" cerimônia afrontaram as Escrituras.
Ora, parafraseando Norma eu pergunto: Quem deu autoridade aos ministrantes da ceia para ACRESCENTAR outros elementos ao pão (corpo) e ao vinho (sangue)? Em que lugar nas Escrituras somos desafiados a participar da Ceia do Senhor pensando em amarguras e vitórias? Vejam bem, a Bíblia nos instrui a participar da mesa do Senhor em três perspectivas: Em memória dEle, até que Ele venha e discernindo o Corpo.
Caro leitor, nenhum pastor por mais eloquente que seja, por mais títulos que possua tem autoridade para modificar o que Jesus instituiu como sacramento.
Isto, posto, acredito que os que participaram do evento em questão precisam à luz das Escrituras rever seus conceitos.
É o que penso,
Renato Vargens
Realmente a criatividade desse povo é de dar inveja a muitos marketeiros. Aliás, penso que algumas "igrejas" devem ter um departamento de Market, pois não é possivel que a mente de algum pastor,copromissado com o evangelho da salvação, pense tanta loucura!! Deus tenha misericórdia de nós!!! MARANATA SENHO JESUS!!!!
Muito bom, Renato! Estranhamente, estou encontrando um bom número de cristãos que nao estão entendendo toda a celeuma em torno do fato. Os tempos são maus... As pessoas acham mesmo que têm toda liberdade para realizar versões "light" da ceia do Senhor.
Abraços!
Pr. Renato, tenho uma dúvida: pq. Paulo fala que quem quiser comer que coma em casa?..havia outros alimentos como 'elementos' nessa comunhão da igreja primitiva?
Tristemente,em nome da criatividade queremos remover os limites. Pra mim nada me faz lembrar mais sobre a amargura e doçura da vida do que a cruz. E o que nos lembra mais da cruz do que a ceia? O problema e que q cruz não e mais suficiente. nossa "criatividade", quer algo melhor.Porque o que Cristo deixou não e suficiente. A simplicidade do evangelho e das ordenanças deixadas por Cristo perderam seu valor. Não queremos como Paulo anunciar somente a Cristo e esse crucificado. Ele não e mais suficiente. Ele por si só não e capaz de dar sentido as amarguras e doçuras da vida.Mas em Jesus estão escondidos todos os tesouros do conhecimento. Nele a dor tem sentido e a alegria e plena. E na ceia do Senhor lembramos disso de forma completa. O que poderia ser mais amargo do que o nosso pecado que levou nosso Jesus a cruz? Por outro lado ha algo mais doce do que o proprio Jesus? Ele e suficiente pra mim.
Caro Pastor Renato Vargens, gostaria de aproveitar este espaço para lhe fazer o seguinte questionamento: É correto utilizar o termo "consagrar" o pão e o vinho ou "orar" por eles? Percebo que isto é anunciado desta forma em minha igreja, mas quando vejo as palavras da Bíblia, vejo Jesus "dando graças" pelo pão, o partindo e o oferecendo aos participantes da ceia. A prática da "oração" ou "consagração" dos elementos da ceia estaria correta? Uma vez que objeto algum pode receber oração ou ser consagrado, senão pessoas providas de uma alma e espírito?
Desde já agradeço! Ficaria feliz se pudesse responder!
Jônatas Ornelas Duarte.
Meu prezado pastor Renato, mais uma vez você foi preciso, direto e bíblico. Assim como o foi a nossa irmã Norma Braga.
No Facebook, quando o assunto foi abordado, disse que as igrejas estão cada vez mais com a "cara humana".
Não é só que o homem está mutilando e pervertendo a Verdade, à sua própria imagem, mas está fazendo isso em igrejas formadas com o jeito, a cara, a forma que eles querem, e não como Deus a concebeu. É lamentável.
Várias pessoas que leram sobre esse assunto, realmente ainda não entenderam o cerne da questão. Algumas colocam argumentos como o no "Anonimo" acima, que na mesa do Senhor e da igreja primitiva, existiam outros alimentos, como ervas amargas, por exemplo.
Bem, a questão é que, tendo ou não outros alimentos à mesa, o nosso Senhor só se utilizou do Pão e do Vinho, e deu a eles os símbolos que lhes foi destinado. E nada mais.
As pessoas precisam entender que o que está na Bíblia é inegociável.
Um forte abraço,
Pr. Menga
Amados,
chamou-me a atenção o fato do sr. Carlos Queiroz mencionar, antes da ceia, que não consagraria o limão e o docinho, pois alguns não concordariam com o ato que ele estava prestes a realizar.
Mas, no meu simples entendimento, 'quem cala, consente'. Quem recebeu e comeu o limão e o docinho concordou, de fato, com este desrespeito e desobediência à Palavra do Senhor. Ninguém achou esquisito, para dizer o mínimo? Todos aceitaram, sem fazer qualquer questionamento?
Não tenho a erudição dos teólogos para falar sobre o tema, mas, para mim, quem desrespeita desta maneira uma orientação bíblica - de como celebrar a Ceia, neste caso, ou qualquer outra, de fato - como pode ser considerado pastor?
Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós! Bem li que há pessoas falando em nome de Deus nos púlpitos, mas que sequer tiveram um encontro real com Cristo...seria este o caso? Se for, prova que tempos terríveis estamos vivendo... :/
Concordo plenamente com o Pr. Renato... Mediante desvios doutrinários como esse, mesmo que de início sucintos, dão origem a desvios maiores! Se não houver uma reprovação e correção doutrinária dessa ação, não demora muito, as ceias deixarão de ser celebradas biblicamente, passarão a ser celebrada com limão e doce de leite!!! Não entendo como um pastor que se compromete em ensinar, pregar a Palavra de Deus, se empenha em disseminar heresias! Que Deus tenha misericórdia de Sua igreja!!!
Jônatas,
Penso que quando usamos "consagrar" o pão e o vinho, nos aproximamos da doutrina católica da transubstanciação. Na verdade, as Escrituras nos ensinam a "dar graças". Isso percepitível tanto na ultima ceia presidida por Cristo, como em I Co 11.
Abraços,
Renato Vargens
Sérgio,
Obrigado pelo comentário.
Concordo Plenamente com vc!
Abraços,
Renato Vargens
Com perdão aos irmãos.
O foco esta sendo colocado no lugar errado.
O foco NÃO SÃO OS ELEMENTOS.
O foco é a INSERÇÃO DE SENTIDO numa Ceia.
Numa Ceia não há sentido Escriturístico ou lógico de se colocar, mesmo que poéticamente, a questão da vida ser 'doce e amarga'.
Por mais poético-lírico que seja ESTE ponto, não há abertura no contexto de Ceia para este tipo de inserção.
Colocar o foco nos elementos, fechando-os é um erro tb. Nem todo lugar terá vinho e pão. E nem por isso a Ceia deixará de ser realizada. Tanto é assim que na maioria das igrejas não é servido VINHO, mas SUCO de uva! Se fosse por isso, já teríamos um problema...
Portanto, a INSERÇÃO destes ELEMENTOS e SENTIDOS numa Ceia é o ponto de questionamento.
E além disto, se poderia haver escândalo ou discordância logo num ponto de comunhão, já é um erro em si mesmo. Ceia é para o CORPO, não é um ponto de escândalo para o povo que se alimenta do corpo e sangue de Cristo.
É o que penso apartir do que as Escrituras apresentam sobre a Ceia.
Amo estes irmãos, amo mesmo. Respeito ENORMEMENTE o pastor Carlos Quieróz e não o demonizarei por isso. Assim como eu erro, ele também erra. Precisamos ter mais misericórdia e orarmos uns pelos outros como CORPO de Cristo que somos.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós que somos imperfeitos!
Sandro,
Obrigado pelo comentário.
Primeiramente gostaria de lhe fazer uma pergunta: Quem está demonizando o Carlos Queiroz? Nem eu, nem a Norma ou quem quer que seja demonizou ninguém. Na verdade, o que está sendo feito de forma educada é questionar a "miscigenação" da Ceia do Senhor com outros elementos.
Como eu enfatizei no post, a ceia é um sacramento que deve ser ministrada em três pespectivas: Em memória dEle, até que Ele venha e discernindo o corpo. Isto, posto, afirmo sem a menor sombra de dúvida que inserir outro contexto na Ceia que não seja os deixados por Cristo e Paulo devem ser repudiados.
Na minha perspectiva não vejo base bíblica para servir limões, doces de leite ou qualquer outro elemento juntamente com o pão e o vinho.
No Congresso da ATOS 29, perguntaram ao Sandro Baggio qual o limite da contextualizão e ele respondeu dizendo: "Mudar os elementos da ceia é ultrapassar esses limites." Eu digo mais, acrescentar outros elementos a mesa do Senhor é desrespeitar as Escrituras Sagradas.
Agora, eu entendo quando diz de uma cultura ou nação indigina ou africana que nao possuem acesso ao pão e vinho. Sei por exemplo que o Lidório já celebrou uma ceia com outros elementos. Confesso que é uma linha tênue e que a priori não veria problemas nessa perspectiva.No entanto, o que aconteceu na FTL é absolutamente diferente.
Abraços,
Renato Vargens
Peço que RELEIA o que escrevi, pois acho que não entendeu...
1- Concordo com tudo que VOCÊ escreveu.
2- Contextualização não deve 'estuprar' o texto bíblico
3- Mudar os elementos é uma possibilidade, quando não os há na sociedade em que se esta sendo realizada a Ceia.
4- A grande questão é INSERÇÂO DE SENTIDO na Ceia. E nos comentários, seja no blog e FB da Norma ou aqui é na questão dos elementos. Isso não é o mais importante! Há um sentido para a Ceia e ela foi instaurada por Cristo. Mudar isso é muito além de perigoso, é pecado!
5- A tal 'ceia acridoce', poderia ter sido feito em outro momento, como um efeito meramente didático e simbólico. Sem vinculo algum com Ceia ou com o momento dela.
6- Leia o que escrevi sobre o pastor Carlinhos. Disse que EU NÃO O DEMONIZAREI por isso. Ele erra, como eu erro. E não sou dono da verdade. Cristo é a Verdade e há de nos julgar.
Entendeu o quer que eu desenhe? hehehehe
Abração mano
Sandro,
Eu entendi. A questão é que tem muito gente achando que estamos demonizando o Carlos Queiroz. Daí a necessidade de deixar bem claro que não é este o desejo do nosso coração.
Agora o que me chama atençao, é que os tolerantes que pregam tolerância, ao serem questionados em suas práticas doutrinárias, tornam-se intolerantes.
Estou vendo isso no FACEBOOK onde pessoas agridem outras simplesmente pelo fato de estar sendo questionadas.
Abraços,
Renato Vargens
A questão é simples, como uma música do seu tempo, cantada pelos Engenheiros do Hawaii:
"Ouça o que eu digo, não ouça ninguém!"
Ai complica tudo...
Diálogais que não dialogam com os diferentes!
Deles eu me cansei!
Simples, claro e direto.
Deus abençoe!
Abraço
Prezados,
O Allen Porto, também escreveu um texto muito interessante sobre o assunto. Vale a pena ler.
http://allenporto.wordpress.com/2012/06/14/uma-questao-honesta-aos-participantes-da-consulta-nacional-da-fraternidade-teologica-latino-americana/
Renato Vargens
quando acho que ja vi de tudo...
Eita. Acho que quem chupou limão foi a Norma, e depois os demais que se chocaram tanto. Aqui em Blumenau, terra de alemão, fazemos a ceia com chope de vinho, pão e uma salsicha alemã. Será que Jesus não gosta?
Oi Pr. Renato, meu nome é Rosana e sou a 'Anônima' do comentário acima. O Pr. Sérgio Menga não entendeu meu comentário. De modo algum, estou falando da inclusão de mais elementos na ceia. Apenas tenho dúvidas sobre como responder a alguém que me perguntar sobre esse texto da comunhão na Igreja Primitiva, onde haviam mais alimentos do que somente o pão e o vinho. É só esta a minha dúvida. Obrigada.
Peço a permissão ao Rev. Renato para esclarecer algo.
Prezada Rosana, peço desculpas se dei a entender que estava criticando o que você disse. Realmente você fez uma pergunta.
É que no post da Norma Braga, no Face, alguém fez essa colocação de forma crítica apoiando o uso de outros elementos.
Bem, fica meu abraço fraterno a você, Rosana e ao querido Rev. Renato.
Pr. Menga.
Desculpas aceitas Pr. Sérgio Menga.
Moninha dúvida foi esclarecida nesse texto excelente do blog Resistência Protestante. Um abraço fraterno!
http://resistenciaprotestante.blogspot.com.br/2012/06/ceia-acridoce-objecoes.html
Caro Renato, escrevi um texto abordando as costumeiras objeções ao assunto:
http://resistenciaprotestante.blogspot.com.br/2012/06/ceia-acridoce-objecoes.html
Abraço,
Ageu
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