quarta-feira, novembro 21, 2012

10 razões porque a pregação da Palavra deve ser o centro dos nossos cultos

Por Renato Vargens

O reformador francês João Calvino via a pregação do evangelho como o centro da vida e obra da igreja. Ele cria que a pregação era central na igreja porque ela era o modo de Deus salvar o Seu povo, até o ponto dele se considerar também um ouvinte: "Quando eu subo ao púlpito não é para ensinar os outros somente. Eu não me retiro aparte, visto que eu devo ser um estudante, e a Palavra que procede da minha boca deve servir para mim assim como para você, ou ela será o pior para mim. ", dizia ele.

Para Calvino a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.

A luz deste background gostaria de trazer 10 razões porque a pregação das Escrituras deve ocupar o centro do nosso culto:

1- Cristo é exaltado.  As Escrituras quando pregadas exaltam o nome do Senhor. É impossível expor a Bíblia sem que o nome do Eterno seja glorificado.

2- O homem é humilhado. A Exposição das Escrituras aponta para o estado de miserabilidade do homem. A pregação da Bíblia revela quem somos, nossas incongruências, idiossincrasias e pecaminosidade, revelando-nos que fora de Cristo todos estão mortos em seus delitos e pecados.

3- Somos reanimados no Senhor. As Escrituras quando  pregadas trazem sobre a finitude humana, o poder infinito de um Deus Soberano proporcionando com isso o reascendimento da chama da esperança.

4- Nossa psiquê é envolvida por graça. A Palavra de Deus quando pregada traz remédio para a alma cansada, refrigério para o abatido, alento para o desesperançoso.

5- A Igreja é edificada. Quando a Bíblia é proclamada nossas igrejas são edificadas. A exposição das Escrituras, ao contrário dos movimentos vazios contemporâneos, fazem com que o povo de Cristo cresça no conhecimento do Senhor.

6- Somos protegidos dos erros doutrinários. Calvino costumava dizer que as Escrituras Sagradas é o escudo que nos protege do erro. A Bíblia quando pregada nos traz orientações importantíssimas que se aplicadas em nosso cotidiano nos protegem das heresias e distorções teológicas propagadas pelos falsos profetas.

7- Nos tornamos pessoas mais comprometidas com Cristo. As Escrituras quando pregadas nos desafiam a viver como Cristo viveu. A Bíblia quando proclamada nos leva a desejarmos viver a vida cristã de forma santa, pura e abnegada.

8- Vivemos para a glória de Deus. A Bíblia quando pregada leva-nos a querer viver exclusivamente para a glória de Deus. 

9- Ansiamos pela volta do nosso Redentor. As Escrituras quando proclamadas nos levam a ima santa ansiedade pelo glorioso dia em que o Rei dos reis e Senhor dos Senhores voltará para  a sua igreja.

10- Somos reavivados. A Bíblia quando pregada reaviva nossa alma, aquece os corações, desperta-nos para oração, desafia-nos a intercessão enchendo nossos corações com o santo desejo de estar continuamente em sua santa presença.

Pense nisso!

Renato Vargens




Anônimo disse...

Certamente. Ja Retwitei, já mandei por e-mail para os meus contatos.
Concordo Plenamente.

Ontem tive uma lamentável visão disso. Enquanto eu estava na fila da pipopa, pra comprar uma para meu filho, vi, na frente da minha igreja, pessoas, especificamente mulheres entrando para assistirem ao "musical" de natal que iria ter. Confesso que me envengonhei delas.
Não vi diferenças nestes irmãs que estavam entrando na igreja do que naquelas que entram em boates. Haviam alguns com seus vestidos curtos, que cheguei a me envergonhar. Penso que teria vergonha de apresenta-las a alguém e dizer que são crentes da minha igreja.
E como esperava, não houve pregação, houve musica, teatro, e musica e teatro, e um apelo no final.
Eu cherei ontem dentro da igreja, lá no meu canto, pq nao eram mulheres santas, eram meretrizes dentro de um templo, eram como se fossem. Estavam no lugar errado, com roupas de festas da qual o aniversariante teria ficado constrangido. Eu, que sou perverso, fiquei, quem dirá ele, Santo.
Mas é isso. Eu concordo plenamente, cuilto sem palavra, PREGADA DA FORMA TRADICIONAL NÃO GLORIFICA A DEUS. Musica e teatro passam mensagens, mas a biblia é exposta pela pregação, e do modo tradicional, eu creio.

@walterkano - Walter Kano

Pastor Alex Fabiano disse...

Concordo que a pregação da Palavra é fundamental em nossos cultos. Porém não vejo a necessidade de haver uma oposição do louvor com a Palavra. Especialmente se formos zelosos com o louvor e escolhermos músicas que tragam a própria bíblia em suas letras.

Pr. Alex Fabiano R. de Menezes

Anônimo disse...

A sim. Concordo com o Pastor Fabiano.

Não deve-se tirar ou opor-se a música, mas ela não deve ser o centro.
Eu tinha um pastor que, qd estavamos ensaiando sempre antes do culto, ele saia de seu escritório muitas vezes e dizia para nós: Não toquem essa música, ela não diz nada sobre Deus!
Aprendemos com ele a ser muito zelosos tb...

@walterkano

tadeu disse...

Excelente comentário! Há algumas razões INJUSTIFICÁVEIS que tem contribuído para que a pregação não seja o centro dos nossos cultos: 1) falta de formação teológica na vida do líder (veja Os 4.6); 2) Negligência na Palavra (veja Malaquias 2.6-9); 3) Excesso de departamentos. As programções da igreja estão tomando o lugar da Palavra (veja 1 Sm 15.22). 3) Negligência para ouvir. O ouvir pacientemente, a atenção reverente são sinônimos de "frieza", falta de unção,etc. 4) pessoas não vocacionadas para o pastorado cristão. Oremos para que Deus levante obreiros para a seara da pregação.

tadeu disse...

O louvor (louvor?) está subtraindo o tempo da Palavra porque as pessoas se sentem mais participativas e envolvidas pelos movimentos. Isso é tão verdade que muitas só visitam nossas igrejas por causa dos "hinos". Já participei de cultos (culto?) no qual foi cantado mais de 10 hinos, restando apenas 25 minutos para o ensino. A Palavra e o cântico são elementos da Adoração, mas a Adoração deve ser equilibrada.

Michel de Santana Araujo disse...

Só as escrituras

Samuel Varela disse...

Excelente...
Já visitei algumas igrejas onde eles separam 1h15m para os louvores e 15m para a palavra.

Unknown disse...

Paz!

Não concordo!
Só o fato de alguns centralizarem a música, ou a pregação expositiva, é porque Cristo não é o centro e sim o momento em si. Quando Cristo é o centro, podemos identifica-Lo na música, no momento da oração, das boas vindas e também no momento da pregação. Na maioria das vezes, o ministro que quer enfatizar um dado momento como o "mais sagrado" é porque esse momento sagrado é o momento em que ele se ocupa, demonstrando vaidade e vontade de aparecer. Já vi estive em Igrejas onde o louvor tem 1hs e a pregação 15 min. de duração, mas também já fui em lugares onde não há um momento para o louvor congregacional, onde o pastor fica filosofando por 2 hs!
A solução não é tirar a música, nem deixar a pregação em primeiro lugar, mas deixar Cristo ser o centro de cada momento!
Abraço fraterno!

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