A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro. Para ampla divulgação.
otimo texto, parabéns!!!
gostaria que acrescentasse meu link em seu blogroll.
prmarcello.blogspot.com
Att,
Matias, pastor.
Estou dentro.
Está na hora de se colocar os "pingos" nos "is".
O que as pessoas não entendem, porque não querem, principalmente os ditos movimentos a favor, de apoio, e a imprensa, que confundem a "homofobia", que é a aversão a homossexuais, com oposição à prática homossexual conforme está claro nas Escrituras Sagradas, a Bíblia.
A nossa regra de fé e prática.
Um forte abraço,
Pr. Menga
http://smenga.blogspot.com
Graça e Paz,
Creio haver interesses na classificação de homofóbicos qualquer comentário contra a prática homossexual. Ser contrário ao ato é ter liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal. Agora machucar pessoas, ameaçar ou atos similares esses atos devem ser reprimidos dentro da Lei sem distinção de sexo, cor, raça, posição social. Não se pode criar uma classe privilegiada, imune às críticas, às oposições. Ouvi uma frase que achei interessante: "falam mal de Deus, do papa, do presidente e não se pode falar mal da prática homossexual? Gosto de reiterar: Amo os homossexuais,oro por muitos que conheço. Amar o homossexual não é concordar com as suas práticas. Quem ama fala a verdade. Os atos por eles praticados vão de encontro com a verdade da Palavra de Deus - A Bíblia.
Hoje, na inversão de valores que vivemos, falar a verdade vai dar cadeia para muita gente. Citar trechos da Bíblia já causou repressão na cidade de Campina Grande/PB e eu me pergunto: O país considerado um dos maiores do mundo que professa a fé em Deus, está virando um perseguidor do Evangelho?
Só Deus pode mudar a realidade da nossa nação!
Pra. Joana
Também estou nessa!!!
Está na cara que a intenção é pura e simplesmente calar a voz dos pregam o evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Estão tentando dar este primeiro passo, para dar outros maiores em seguida. Cabe a nós, cristãos, usar de todas as formas legais para não termos caladas as vozes dos que clamam no deserto: arrependei-vos e credes no evangelho!!!
NAquele que ama o pecador mas abomina o pecado,
Graça e Paz do Senhor Jesus Cristo!!!
Dorival
Parabéns pela publicação deste texto. Assino em baixo. Divulguemos!!!
Ao Pastor Renato Vargens e demais amados irmãos dos grupos Cristianismo pleno e Casais Cristãos. Lí por completo a referida postagem e estou em total acordo com o manifesto apresentado pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Espero que os demais irmãos também tenham a oportunidade de lê-lo e de manifestar sua opinião para o crescimento de todos, peço também que, os que forem da mesma opinião possam divulga-lo em suas igrejas.
Nei de Moraes
Defender o direito de expressão não é homofobia.
I support Augustus.
É muito, mas muito tênue a linha que separa as duas coisas e infelizmente
essa "função" de admoestar/posicionar acaba descambando para homofobia quase sempre. Este é o ponto! Pode ser que um ou outro mais cuidadoso saiba equilibrar, mas a esmagadora maioria é homobóbica mesmo, não dá pra negar.
Também apóio totalmente e parabenizo o Pastor Renato pelo post.
Que nós cristãos sejamos ferramenta de Deus, evangelizando, não escondendo a verdade da bíblia com total liberdade de expressão, porém, sem sermos agressivos de qualquer forma e que a recíproca seja verdadeira, em especial os homossexuais.
Paz!
Sou da AD e também estou
com voces
Concordo com o Ricardo Souza.
Infelizmente temos sido descuidados com a admoestação piedosa.
Os homossexuais são pessoas muito feridas pela sociedade como um todo, e com esse ranço acentuado acaba sobrando para quem (no caso nós) fala abertamente contra a prática.
E aí, como falar de Jesus se antes mesmo de falarmos das boas novas, acabamos levando palavras de condenação? Seremos iguais aos tantos outros que abriram suas feridas, quando deveríamos falar do amor que cura.
Paz!! @solange_ev
Concordo demais com o techo "Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos.
Infelizmente temos sido chamados de homofóbicos sem o ser. Conheço pessoas que viveram a homossexualidade, conheceram a Deus e reconhceram que era uma conduta de pecado, sairam da homossexualidade porque quiseram, porque ENTENDERAM que sua salvação era mais importante, buscaram ajuda, e hoje estão casados e felizes!
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