segunda-feira, outubro 04, 2010

Os pastores e a sua relação com o sermão.

Renato Vargens
Freqüentemente ouvimos alguns pregadores afirmando que Deus mudou seu sermão na ultima hora. Claro que Deus pode fazer o que quiser, até porque, ele é Senhor e Soberano sobre nossas vidas. Entretanto, acredito que os que comumente fazem isto, demonstram não ter efetivamente se preparado para o culto, isto porque, se assim tivessem, teriam sido instruídos pelo Senhor quanto o sermão a ser pregado.

Diferentemente de muitos pastores do nosso tempo, o reformador francês João Calvino se preparava com afinco para pregar a Palavra de Deus. Calvino tratava de tal responsabilidade com muita seriedade. Ele pregava duas vezes a cada domingo e, em semanas alternadas, todos os dias da semana também. Isto soma a algo perto de 300 sermões ao ano, um total espantoso, especialmente quando alguém se lembra que ele também ensinava quase todo dia na Academia de Genebra.

Calvino via a pregação do evangelho como o centro da vida e obra da igreja. Ele cria que a pregação era central na igreja porque ela era o modo de Deus salvar o Seu povo, até o ponto dele se considerar também um ouvinte: "Quando eu subo ao púlpito não é para ensinar os outros somente. Eu não me retiro aparte, visto que eu devo ser um estudante, e a Palavra que procede da minha boca deve servir para mim assim como para você, ou ela será o pior para mim. "

Para o reformador a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.

Caro leitor, em dias tenebrosos como os nossos, mais do que nunca necessitamos de pastores como o reformador João Cavino que com afinco se dedicava ao nobre oficio de pregar a Palavra de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de nossa geração.

Pense nisso!

Renato Vargens
Josy disse...

Ah pastor Renato, quantas vezes fui a igreja querendo ouvir uma palavra que viesse direto ao meu coração, o começo era bom com a leitura da biblia, mas ai desandava e ouvia 1 hora sobre programas de TV que o pastor tinha visto, sites de internet que ele tinha entrado, noticias assustadoras e etc.Palavra de Deus mesmo quase nada.Via pessoas bocejando, olhando insistentemnte pro relógio, não vendo a hora do falatorio acabar.Procurando ouvir uma pregação que falasse ao meu coração, comecei a baixar mensagens pela internet de pastores conhecidos ou não.Foi a forma que encontrei de ouvir pastores.É triste!

Daniel Braun disse...

Olá queridos irmãos:
Sem falar dos que, despreparados, sobem ao púlpito e iniciam o sermão com inicio, mas sem meio e sem fim. Nas igrejas pentecostais, quando se perdem durante o discurso, começam com os "cantalabachurias" "rabacantalas-ramas etc...
Pedem para os fieis ficarem repetindo palavras sem sentido.
Quem crê erga as mãos, ai todos ergum as mãos e aí por diante.
E com um louvorzão, chamam os crédulos e sem discernimento à frente, e aí o sermão acama sem desfecho algum.
É o que tenho presenciado.

Soli Deo glória.
Daniel Braun
danbraun2006@yahoo.com.br

Pastor Silvano disse...

Creio também que deve ser assim: o sermão deve ser "o centro da vida e obra da igreja". E quem não gostar de sermão "bom sujeito não é" ou melhor: bom Cristão não é. Muito bom o artigo.

Pr. João Maurício Motta disse...

É uma pena as oportunidades que são desperdiçadas nos pulpitos das igrejas pois têm pastores usando o texto como pretexto para o que querem falar vindo do seu próprio coração e não do trono de Deus.
Concordo com o irmão cada vez que sou convidado a pregar sinto uma "friagem" na barriga pela responsabilidade que me é dada.
Os pastores necessitam de uma vida devocional, íntima com Deus, pois nem sempre ele têm tempo para se preparar.
Quando é avisado com antecedência torna-se imperativo que ele se prepare convenientemente para ser a voz de Deus. Mas quando é convidado inesperadamente o pastor mesmo assim tem que trazer uma palavra que edifique o povo e relembrando da verdadeira missão do cristão: anunciar a Salvação até que Ele venha.

Anônimo disse...

Pr Renato o que eu mais quero ver é esses pastores viverem o que pregam. Porque mandar os outros fazerem é muito facil. Eu já escutei um pastor falar que, pastor não gera ovelha quem gera ovelha é outra ovelha. PASTOR APENAS APASCENTA. Parece lógico, mas é anti bíblico. Pregar o evangelho para muitos pastores é só no púlpito e não nas ruas, nos hospitais, nos presidios etc. E Jesus, e Paulo, e Barnabé e tantos outros ficaram presos dentro templos mandando os outros fazerem? Já sei, eles estão engessados num palitó ou amarrados por uma gravata,ou então não tem um tapete vermelho para eles andarem por cima. Alguem pode me informar qual era a marca do palitó de Jesus, ou de Paulo? Pr Renato por que em certas igrejas existem uma fila de cadeiras acolchoadas na frente? Essas pessoas que sentam nelas é melhor do que os outos que sentam em cadeiras comuns? Pr é uma classe especial de crentes? Pr a Biblia ensina sobre classes de cristãos na igreja? O camarada só é crente se usar um palitó e sentar na frente? Caadê a humildade desse povo? È desse jeito que se segue as pisadas de Jesus? FRAMATA, da linda João Pessoa PB.

augusto elias disse...

O que deve ser observado por esses pastores é a questão da aplicação do estudo.Em se tratando do Reino de Deus,a coisa é muito séria!O QUE TEM DE GENTE POR AÍ COM "PREGUIÇA",NÃO ESTÁ NO "GIBI".A palavra de Jeus é uma infinidade de informações para as nossas vidas.Ela requer,para ser entendida a dedicação,oração,amor pela ofício, como foi colocado,humildade ,asim como Jeus é.Se for para o púlpito pregar com artificialismo,o coração não está em Deus,a conseuência é outros assuntos,e mesmo que seja,poderia até estar incluido na pregação,mas são contos totalmente fora das coisas de Deus.

Anderson Fábio disse...

É uma verdade, e digo que muito séria.
A palavra de Deus tem que ser o centro do culto, os louvores, e as demais coisas que acontecem no culto são somente um preparo para que as pessoas venham receber a palavra com alegria. E como é triste ver pregadores com sermões sem pé nem cabeça, as vezes penso que nem eles mesmos entendem o que estão dizendo. O pior de tudo é que culpam ainda Deus, quando dizem: "Deus mudou a mensagem aqui, entre outras coisas"
Agora só uma palavrinha para o Daniel Braum: Amado, o homem é falho, e por mais que todos errem temos que tomar cuidado para não estarmos fazendo "chacarrices" com as coisas de Deus. Você tem todo o direito de não aceitar o comportamento de algum irmão, ir contra uma doutrina errada, contrária as escrituras, agora satirizar as línguas estranhas...a bíblia toma isso como chocarrice, então muito cuidado meu amado, não falo isso para o julgar, não tome como isso não. Falo com todo amor, pois o Espírito Santo é sensível, se entristece, muitas vezes por aquilo que falamos, então meu amado, tome estas palavras, não como um julgamento, mas como uma advertência de Deus para sua vida.

No demais é isso ai mesmo, amado pastor, que Deus continue o usando muito em nome de Jesus!

Blog Emunah

Unknown disse...

A paz do Senhor Jesus seja com todos, amados bons comentarios todos fizeram, gostaria de acrescentar aos comentarios que antecedem o meu que temos ainda uma classe de pastores que passam um grande tempo do sermão contando esperiências de sua vida, isso é preocupante pois mostra um despreparo, digo isso não querendo afirmar que esses pastores não tenhão formação e conhecimento para exercerem a função de pastor, mas afirmo que quando esses ministro tem outras profições além do de pastor isso reflete nos sermões que eles apresentam.
Pergunto onde fica o chamado para a obra?
Alguns chegam a afirmar que foi Deus quem o levantou ou o chamou para ser pastor, será mesmo?
Concluindo acredito que as pessoas deveriam tomar muito cuidado ao assumir tal função sacerdotal, e daí não ouvirmos a resposta a uma pergunta, qual sua profissão: Pastor.
Pastor não é profissão é sacerdócio.

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