segunda-feira, julho 19, 2010

Meu nome? Eu sou a filha da soberba!


Por Renato Vargens
Há pouco recebi a triste notícia de que uma grande igreja que havia sido fundada por um homem de Deus, ao perceber que em virtude da idade o seu pastor não conseguia mais dar conta do recado, o jubilou homenageando-o com o nome de uma sala. Na verdade, para os irmãos daquela igreja, o velho pastor já não possuía mais nenhuma serventia, restando-lhes somente demiti-lo de sua função. 

O velho pastor, viu a dedicação de TODA uma vida ser resumida no nome de uma sala.

Caro leitor,  Lutero comumente dizia que existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja, e que quando mordem deixam uma ferida profunda. Shakespeare costumava dizer que possuir um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente; já, Miguel de Cervantes afirmava que a Ingratidão é filha da soberba.

Pois é, o ministério pastoral está repleto de pessoas ingratas e ser alvo delas é absolutamente estarrecedor. Comumente ouço reclamações de inúmeros pastores que se queixam das ações e reações de presbíteros, diáconos e irmãos em Cristo, que por motivos banais esqueceram no canto da existência expressões de afetividade, amor e respeito.

Ora, sofrer ingratidão por parte daqueles com quem nos relacionamos é extremamente dolente. Infelizmente num mundo “ensimesmado” e egoísta como o nosso, tornou-se comum encontrarmos nas estradas da vida pessoas ingratas. O apostolo Paulo afirmou em sua segunda carta a Timóteo de que nos últimos tempos os homens seriam amantes de si mesmos. Na verdade, segundo Paulo, a geração dos últimos dias estaria muito mais preocupada com seu próprio umbigo, do que com a dor do próximo.

O imperador brasileiro Pedro II, em um esplêndido soneto sobre a ingratidão afirmou que a dor que maltrata, a dor cruel que o ânimo deplora que fere o coração e quase mata, é ver na mão cuspir, à extrema hora, a mesma boca aduladora e ingrata, que tantos beijos nela deu outrora.”

Que Deus nos livre de sermos ingratos como também de sofremos ingatidão.

Pense nisso!

Renato Vargens
augusto elias disse...

Se nos relacionamos com pessoas dentro de um ministério pastoral é porque foi Deus quem quiz assim.Ai daquele que vive entristecendo o Espírito Santo pelas suas atitudes erradas diante dos olhos do Senhor,levando o irmão a tristeza,pois dentro da casa de Deus não é lugar para isso,é onde a relação precisa ser verdadeira,sincera,honesta,amável,em carater de comunhão,na paz de Cristo.De uma certa forma, o que não podemos é parar.Confesso que já tive por diversas vezes para dar um freio na minha caminhada por decepções de pessoas que já mais eu poderia sentir,mas o foco maior, como sabemos, é Aquele que tem o Poder de mudar as situações mais difíceis em nossas vidas,Ele foi incorruptível!.Soberba,ingratidão e inveja não faz parte do nosso papel,pelo menos não deveria.Mas infelismente isso aponta para a distância do maior mandamento de Jesus que é o amor.

Micheline Gomes disse...

Pr. Renato

Este fato aconteceu igualzinho numa igreja perto da minha casa. Será que não é a mesma?
É triste vermos que os "novos pastores" estão esperando os "velhos" serem jubilados ou morrerem para construirem seus impérios adornados de soberba, ingratidão e inveja como disse Lutero.

Andre Sena disse...

Me converti a Jesus Cristo, no início dos anos 80, na Betânia, em Niterói, pelas mãos de um pastor jubilado. Aprendi grande parte da doutrina que carrego hoje com esse mesmo pastor. O pastor Ed Rene escreveu que tropeçamos uma ou duas vezes na vida nesses extraordinários homens de Deus. Um pastor que se sente jubilado está aposentado. Mas há pastores que jubilado trabalham o dobro. Rev. Antônio Elias tá na glória e nas minhas recordações.
André Sena

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