Em nome de uma fé racional, parte dos reformados (não estou generalizando) consideram inapropriados qualquer tipo de expressão sentimental, mediante choro ou lágrimas num culto. Bom, antes de qualquer coisa, vale a pena ressaltar que não estou fazendo a apologia a atos como o cair e o rolar no chão, tremores, choro alto, contorções, saltos, risos descontrolados, e coisas semelhantes, até porque, tais comportamentos não encontram base nas Escrituras, e nem tampouco são apresentadas como sinais efetivos da presença de Deus.
A história nos mostra por exemplo que mediante as pregações de Jonathan Edwards, George Whitefield, John Wesley e outros havia comoção por parte daqueles que ouviam a mensagem por eles pregada. Todavia, nos dias de hoje, penso que devido aos exageros vividos por muitas comunidades ditas cristãs, o choro, bem como o quebrantamento mediante a exposição das Escrituras tem sido sublimado. Na verdade, a impressão que tenho é que parece que alguns pastores possuem medo de chorar no culto e de quebrantar-se diante do Senhor em meio a adoração e pregação da Palavra.
Pois é, acredito que chorar na presença de Deus ao ouvir a exposição das Escrituras, não é emocionalismo e muito menos sensacionalismo barato. Chorar ao ouvir a exposição fiel das Escrituras, pode ser a demonstração de quanto a Palavra do Senhor mexeu com as nossas estruturas.
Bem sei que os cultos de hoje têm por objetivo sentimentalizar as pessoas para que elas se sintam bem e felizes. Também sei que boa parte da igreja brasileira trocou o culto racional/espiritual por um culto sentimental, sensitivo e emotivo. Contudo, apesar disso tudo ser verdade, não deveria abafar a possibilidade de mediante a pregação fiel das Escrituras chorarmos quebrantados diante do nosso Salvador.
Pense nisso!
Renato Vargens
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