segunda-feira, junho 19, 2017

O choro, o culto e os reformados


Em nome de uma fé racional, parte dos reformados (não estou generalizando) consideram inapropriados qualquer tipo de expressão sentimental, mediante choro ou lágrimas num culto. Bom, antes de qualquer coisa, vale a pena ressaltar que não estou fazendo a apologia a atos como o cair e o rolar no chão, tremores, choro alto, contorções, saltos, risos descontrolados, e coisas semelhantes, até porque, tais comportamentos não encontram base nas Escrituras, e nem tampouco são apresentadas como sinais efetivos da presença de Deus. 

A história nos mostra por exemplo que mediante as pregações de Jonathan Edwards, George Whitefield, John Wesley e outros havia comoção por parte daqueles que ouviam a mensagem por eles pregada. Todavia, nos dias de hoje, penso que devido aos exageros vividos por muitas comunidades ditas cristãs, o choro, bem como o quebrantamento mediante a exposição das Escrituras tem sido sublimado.  Na verdade, a impressão que tenho é que parece que alguns pastores possuem medo de chorar no culto e de quebrantar-se diante do Senhor em meio a adoração e pregação da Palavra. 

Pois é, acredito que chorar na presença de Deus ao ouvir a exposição das Escrituras, não é emocionalismo e muito menos sensacionalismo barato. Chorar ao ouvir a exposição fiel das Escrituras, pode ser a demonstração de quanto a Palavra do Senhor mexeu com as nossas estruturas.

Bem sei que os  cultos de hoje têm por objetivo sentimentalizar as pessoas para que elas se sintam bem e felizes. Também sei que boa parte da igreja brasileira trocou o culto racional/espiritual por um culto sentimental, sensitivo e emotivo. Contudo, apesar disso tudo ser verdade, não deveria abafar a possibilidade de mediante a pregação fiel das Escrituras chorarmos quebrantados diante do nosso Salvador.  

Pense nisso!

Renato Vargens  

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ministério pastoral

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