sexta-feira, maio 06, 2011

Qual é o problema de eu ter o meu peguete?

Por Renato Vargens

Há pouco  escutei pela primeira vez o termo “peguete”. Ao ouvi-lo  imediatamente perguntei :

Por favor alguém me explique o que é peguete? Um adolescente que estava perto respondeu:  Pastor, peguete é uma coisa que se usa e joga fora. 

Querendo entender um pouco  mais repliquei  dizendo:  como assim? Não entendi! Joga fora? Explique melhor! E ele sem titubeios disse: Ah, cara, enquanto rola a quimica com a menina a gente pega, acabou o clima a gente joga fora, entendeu?

Pois é, resposta simples e comportamento complicado não é verdade? O pior que é boa parte dos adolescentes e jovens evangélicos estão pegando todas e todo mundo, com a desculpa que ó que importa é curtir a vida e ser feliz.

Caro leitor, em um mundo egoísta e cada vez mais hedonista como o nosso, tornou-se absolutamente comum vislumbrarmos nas relações interpessoais a instrumentalização da vida, onde boa parte das pessoas no desejo de terem os seus sonhos e devaneios realizados, manipulam outras pessoas na vontade de experimentarem a tão sonhada satisfação pessoal. Aliais, essa tal busca pela satisfação pessoal, têm feito com que muitos negociem princípios éticos e morais, no afã de concretizarem suas sórdidas expectativas. Infelizmente, em nome do sonho, não são poucos aqueles que têm tomado posse do famoso bordão popular: “fazemos qualquer negócio”. A conseqüência direta disso é a coisificação do ser humano, onde pessoas tornam-se objetos descartáveis, prontas a serem jogadas no lixo quando por algum motivo não prestam mais.

Lamentavelmente em um mundo onde os valores se relativizaram, infelizmente a conduta dos jovens cristãos em quase nada tem se diferenciado do comportamento dos não cristãos. Na verdade, ouso afirmar que existe um número impressionante de crentes que movido por rompantes irresponsáveis, se enveredam em relacionamentos descompromissados.

Assusta-me o fato de que inúmeras pessoas movidas por uma pseudoteologia descartam relações usando de pressupostos humanistas, aos quais não existe o menor fundamento bíblico. Tais pessoas advogam que a “química” é a razão essencial para que se esteja junto com alguém. Para estes, o que importa é sentir prazer, além é claro de satisfação pessoal.

Pois é, vivemos dias tenebrosos. Diante disto, mais do que nunca a Igreja de Cristo precisa anunciar o Evangelho integral, além obviamente de proclamar a esta geração os valores do Reino, na expectativa de que o bom perfume do nosso Senhor alivie o odor de putrefação deste mundo mal e pervertido.

Pense nisso!

Renato Vargens
Giuliano Barcelos disse...

pr Renato

Muito bom e oportuno o artigo.

Levanto um ponto para debate e talvez até um artigo: qual a responsabilidade dos pais neste tipo de comportamento dos adolescentes e jovens?
Será que o que estes pais assistem na TV, e falo de pais cristãos, não tem avalizado tal comportamento?
Será que o exemplo de casa não está servindo de nada para a edificação e educação dos filhos?
Até quando os pais vão ficar de braços cruzados, procurando em quem colocar a culpa por eles mesmos nunca terem dado o amor, o carinho e a atenção necessárias para seus filhos, que se entregam a qualquer um que diga umas palavrinhas bonitas?

Enfim, se os pais cristãos não tomarem uma atitude séria com relação a si mesmos, a situação só tende a piorar.

Maura disse...

É lamentável mesmo pastor Renato, como nós temos visto o mundo se infiltrando dentro da igreja cada vez mais, não sei onde é que vamos parar com isso tudo... costumo usar também uma expressão muito parecida com a qual o senhor colocou aí, sempre digo que o mundo cheira mal!!!!
Eita mundo cão! Livrai-nos Senhor dessa podridão!!!

Uian Sol disse...

Com a licença da palavra, e desculpe se alguém se sentir ofendido com o termo, mas a não muitos anos atrás o nome disso era "putaria".

Libertinagem antigamente era pecado, com o tempo passou a ser aceitável, hoje é visto como algo normal.
Vou embora daqui antes que se torne obrigatório.

Caro Vargens, concordo com Ronaldo Lidório quando ele diz que a Igreja do Senhor continua pura, linda, santa e dando ouvido a sua voz. E o problema é que o que chamamos de igreja não é a Igreja.

Hugo Ferreira disse...

Muito bom esse artigo pastor,na igreja que sou membro aconteceu esse negócio de peguete entre alguns adolescentes,nada melhor do que uma conversa com esses meninos e teve até meninas no meio,bom resumindo,conversamos com eles,e perguntamos se eles queriam ter um compromisso sério com Cristo,buscando a santificação,e esperando pacientemente pela esposa que Deus irá mandar para eles,tudo no tempo de Deus,como vem falando em Eclesiastes,há tempo para se casar,dissemos a eles,e estão hoje estão buscando o propósito de agradar a Deus.

Nomen mihi nullus est. disse...

Fiquei feliz em uma coisa: eu sou adolescente e não conhecia essa expressão!( acho que eu sou o único jovem que nunca foi atrás de reteté, que sempre teve raiva desse negocio de ficar, e que sempre foi conservador)


realmente é lamentável o comportamento dos jovens cristãos. Acho que todos precisam ver a pregação chocante, uma pregação que seja bíblica. Hoje em dia as pessoas são evangélicas para se divertirem com músicas gospels, e não porque amam Deus

Otávio Cardoso - Monster disse...

Agora eu vou - em partes - em defesa da gurizada.

Fazem isto porque lhes falta modelos. Fazem isto porque lhes falta diálogo e pessoas que lhes falem abertamente sobre os males que resultam deste tipo de prática.

Se algum dia minhas filhas vierem para mim com este tipo de questionamento - pretendo que elas nem precisem me perguntar, porque quero falar abertamente sobre tudo - o que elas ouvirão tanto de mim, quanto da mãe é: "Filhas! É uma tremenda burrada! A gente sofre demais depois. Não compensa. Cada vez que a gente se conecta com outra pessoa - seja qual for o tipo de conexão - isto deixa marcas na gente, a gente sofre com isso. Estas imagens que a noite, o glamour das festas e toda aquela pafernalha nos passam, não são nada além de cortina de fumaça."

Se eu pudesse optar em voltar uns 20, 25 anos no tempo, certamente optaria por recomeçar tudo do zero. Queria poder ter conhecido minha esposa quando ainda era um "piazinho de bosta", como dizemos aqui no sul. E é exatamente isto que minhas filhas aprenderão aqui em casa.

Daniela disse...

Excelente meditação. Muito oportuna para a nova geração e tbm para a antiga.

Anônimo disse...

Puxa, gostei muito do comentário do Otavio Cardoso! Também não conhecia o termo (a principio pensei que fosse "piriguete", que são as moças, digamos, "possuídas" :) - mais ou menos assim...). O sociólogo Bauman diz que vivemos a sociedade líquida; a Palavra diz que os tempos são difíceis, mas que aquele que está em Cristo segue o caminho, a verdade e a vida. Como bem disse o Sr. Otavio, as marcas deixadas pelos(as) peguetes do mundo são, muitas vezes, indeléveis, somente restauradas por um nascer de novo em Cristo.

Pena que tantos cristãos estão colocando as verdades do Evangelho na gaveta da mesinha guardada no porão da hipocrisia.
Abraços fraternos
Gigi

Natasha Martins disse...

lembro que na minha adolescencia o pastor falou sobre o ficar. Que o jovem não ve problema em ficar...fica com um, depois fica com outro, aparece outra mais bonitinha, ele fica...vai ficando, ficando. Daí Jesus volta, e ele...fica....kkkk

Tirando a piadinha, o assunto é serio. Cada vez mais há menos gente comprometida. Igreja virou evento social, voce vai para ver e ser visto. Compromisso, pra que? As pessoas não tem e não querem ter compromisso com a igreja, nem com o ser humano. E Deus? ah, ele tem misericordia, né? vai entender!! #oremos

Jemima Passos disse...

gosto do seus post , Deus abençõe

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