segunda-feira, abril 25, 2011

Eles não precisam de pastor nem de igreja.

Por Renato Vargens

Estou impressionado com a quantidade de cristãos que se dizem avessos a Igreja, bem como a liderança pastoral. 

Ouso afirmar que em nome de uma espiritualidade descompromissada,  alguns dos chamados desigrejados abominam os cultos no templo, amaldiçoando com veemeência a liderança pastoral, as contribuições ordinárias, além é claro de satanizar toda e qualquer estrutura eclesiástica. Para estes, a igreja não precisa de pastores, mesmo porque, eles os são, não precisam de ensino, eles o possuem, não precisam de templos, as casas são suficientes.  Como bem afirmou Ciro Sanches Zibordi,  aumenta a cada dia o número de crentes que não se sujeitam aos líderes e pensam que estão certos. Tais pessoas não respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel general”, argumentam. E, generalizando, chamam qualquer liderança firme, segura, de coronelista.

Pois é, os sem igreja  defendem a causa que é possível ser crente em casa, excluindo assim todo e qualquer envolvimento  com a “communion Sanctos”   Para estes,  a igreja é uma instituição falida, hipócrita e intolerante, com a qual preferem não possuir  nenhum tipo de compromisso.  Se não bastasse  isso,  parte dos desigrejados em nome de uma autonomia irresponsável rejeitam a liderança pastoral,  afirmando com todas as letras ser o pastor um fardo na vida dos crentes.

Ora, como já escrevi anteriormente reconheço que nem todos os sem igreja podem ser incluidos neste contexto, mesmo porque, existem inúmeras pessoas, que estão fora dos arraiais cristãos em virtude da perversidade institucional.  Todavia,  boa parte dos desigrejados,  não se relacionam com a igreja simplesmente pelo fato de  não possuirem desejo de se submeterem  a autoridade das Escrituras.

Caro leitor, vale a pena ressaltar que eu não defendo a instituição organizada denominacional,  até porque,  não consigo acreditar num tipo de  estrutura cujo  principal fundamento é a politica eclesiástica.  Eu defendo é a Igreja fundanda por Cristo, que se reune em casas,  sem contudo negligenciar o templo, que possui  pastores  na condução do rebanho e não anarquistas; que tem por fundamento de fé as Escrituras Sagradas e não os achismos escalafobéticos de gente que interpreta as Escrituras de acordo com suas patologias e enfermidades emocionais.

 Isto posto, concluo este artigo usando as palavras  de Éber Lenz Cesar,  que diz: "por maiores que sejam as fraquezas e os defeitos que se possam encontrar, a Igreja ainda é a noiva do Senhor e caminha ao encontro do Noivo buscando se aperfeiçoar sobre o tripé santificação, comunhão e missão”. Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar. Assim como Ele amou, nós também devemos amar a nossa igreja e nos santificarmos para que ela possa ser melhor a cada dia”.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens
Josué de Oliveira disse...

"Todavia, boa parte dos desigrejados, não se relacionam com a igreja simplesmente pelo fato de não possuirem desejo de se submeterem a autoridade das Escrituras."

Hum, imagino que o senhor tenha realizado entrevistas em todos os cantos do país para averiguar isso. O senhor não faria tal afirmação sem ter absoluta certeza.

Bem, trata-se do que já critiquei antes por essas bandas: acho extraordinário que tanta gente continue a entender IGREJA por associação religiosa de pessoas que frequentam o mesmo templo. Pois exatamente essa a ideia presente no texto, coroada pela afirmação final de Éber Lenz Cesar. E, de fato, trata-se de um non sequitur gigantesco afirmar que a tal igreja que Cristo amou é somente essa das lideranças eclesiásticas, dos cultos com louvor e mensagem (NESSA ORDEM!), da autoridade pastoral. De certo que nada disso é um problema, e sim a forma como essa estrutura é utilizada, mas não se segue que ISSO apenas é a igreja. Por esse pensamento, pode-se concluir que qualquer um que não esteja debaixo dela automaticamente não faz parte da Noiva. Uma afirmação no mínimo impensada, a meu ver.

Anônimo disse...

Amo reunir na "igreja", somos até "igrejeiros" congregar é maravilhoso. Mas tem certas reuniões, "cultos", que é preciso ter muita paciência, tanta confusão, tanta incoerência.E não estou falando do período dos cânticos. Sou da turma que "Deus é criativo" e nos dá essa liberdade na presença d'Ele, sem libertinagem. Mas não é por isso que vamos desqualificar o congregar. Nem espero que preguem só o que gosto de ouvir, mas não me tire o direito de pensar. Diante das aberrações, dá vontade de entrar em canto bem isolado e ficar por lá. Mas não vale a pena, melhor mesmo é congregar em amor pois somos todos iguais. Cheios de anomalias, basta sermos sinceros.......

Pr. Flavio Muniz disse...

É muito engraçado esses que se dizem desigrejados. Eles não querem a hierarquia da igreja, mas se organizam como tais. Não querem sistemas engessados, mais criam seu próprio sistema. Não dão ênfase a contribuições ordinárias, mas ajudam a manter a reunião de alguma forma. Eu pergunto: quem prega nessas reuniões? quem é que paga a conta? quem é que organiza?

Ora amigos, o que é isso senão uma igreja. Eles na verdade se organizam como igreja, apesar de não gostarem do termo igreja como instituição. Me desculpa, eles querem ser igreja sem igreja! pronto falei.

Acreditando sempre na santa igreja,

Pr. Flavio Muniz

Jose de a. disse...

Pastor,
acho ainda que alguns pastores estão abusando no direito de errar. Erram tanto que alguns membros não querem mais serem pastoreados por esses "pastores". Erros na administração da igreja, na condução da igreja e tudo mais...

Josué de Oliveira disse...

É disso que estou falando.

Pr. Flávio Muniz, se eles, no fim das contas, não são "senão uma igreja", por que raios ficar reclamando dos caras? E se por igreja sem igreja o senhor quer dizer "igreja sem templo", a equivalência não se justifica.

Rogério Bitencourt Oliveira disse...

Querido Renato, meu amigo, agora o fogo está pegando mesmo aqui!
Sinto que o assunto desta postagem será o campeão de comentários.
Estamos andando sobre uma linha muito fina e fraca.
De um lado,a nossa maravilhosa e amorosa congregação, do outro, infelizmente, os rastros de males causados pela mesma congregação que fere e até mata muitos dos hoje desigrejados.
Estamos no meio, hora ferindo, hora curando, hora fingindo que não estamos vendo, ou que não é responsabilidade nossa.
Que Ele nos ajude a mudar como pessoas e como pastores, pois eu já feri gente demais e agora quero curar em nome de Jesus.
Deus sabe o quanto adoeci pessoas pelas minhas convicções doentias e equívocos de zêlo exacerbado pelo Evangelho.
Que Ele tenha misericórdia de mim e dos meus pares.
Beijo Renato.
Deus te abençoe e parabéns pela coragem de escrever sobre isso.
Pra mim foi bálssamo.

Anônimo disse...

Caro Pr. Renato Vargens,

Antes de mais nada, gostaria de dizer que sou membro de uma igreja (Batista Central de Fortaleza) e que nutro profunda admiração pela história das congregações, pois sei que foram construídas a partir de muito sangue e suor. Tenho plena consciência que o Senhor comissiona homens fieis para exercer o oficio pastoral (2 Timóteo 2:2) e reconheço o valor das igrejas-instituição, principalmente no que se refere a ação social. Mas considero a designação "sem igreja" um ato-falho, pois eles de fato, são Igreja (é desnecessário lembrar ao senhor que a palavra igreja origina-se de ekklesia, assembléia popular, ajuntamento de pessoas)! E querendo eles ou não, sempre existirá alguém que vai exercer a função de liderança/doutrinação/admoestação/etc...

No mais, gostaria de parabenizá-lo pela coerência e pela didática demonstrada em seus textos.

Abraços fraternos

Carlos

Marcos Antonio disse...

Precisamos de instituições que reúnam crentes em Cristo. Onde haja reuniões que edifiquem por pregações das Escrituras e cânticos nelas firmados, que conduzam o povo em oração, em entrega pessoal, em comunhão fraterna e em serviço diaconal. Contudo, o uso de "templos" e de "liturgias" vieram da tradição e não das Escrituras do Novo Testamento. Em nenhum lugar do NT as reuniões dos cristãos são chamadas de culto e nem os locais onde aconteciam, de templos. Na verdade, nosso culto tem que ser prestado 24 horas por dia, não em um espaço de algumas horas ou minutos "litúrgicos". Ao invés de templos de tijolo, que têm se tornado monumentos à vaidade e ao orgulho eclesiástico, deveríamos ter casas de diaconia simples, onde o serviço aconteça em todo o tempo, incluíndo aí a pregação, o ensino, a música santa, a assistência às necessidades de sobrevivência, etc., se possível, 24 horas por dia.

Rubira disse...

Respeito sua opinião Pr. Renato, mas a “communion Sanctos” não ocorre somente em templos.

Igreja não é o mesmo que Templo.

Abraço.

Josué de Oliveira disse...

"Respeito sua opinião Pr. Renato, mas a “communion Sanctos” não ocorre somente em templos.

Igreja não é o mesmo que Templo."


PONTO.

Ricardo disse...

O que é igreja?
Em 1º lugar, Jesus afirmou categoricamente que o local de adoração não é nem em Jerusalém (Templo judaico) nem em Samaria, nem num monte nem no outro, pois Deus é espírito e o importante é que o adoremos em espírito e em verdade (Jo 4:20 e 24), seja onde for. Quando Jesus expirou na cruz, o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo (Mc 15:38) e, cerca de 70 anos depois, toda a cidade de Jerusalém foi destruída (Lc 19:43-44, Mt 24:1-2), incluindo o próprio Templo, do qual resta apenas o muro das lamentações, como se sabe.

Templo de Deus é Jesus, o mesmo disse: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.” – referindo-se ao seu corpo. (Jo 2:19-21).
Templo de Deus somos nós: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós...?” ( 1 Co 3:16-17 e 6:19)

Ricardo disse...

A IGREJA SÃO AS PESSOAS

Na verdade a essência do conceito cristão de Igreja não são quatro paredes, não são ogivas e vitrais, não são cúpulas e abóbadas, não é uma torre sineira ou um claustro. Também não é um edifício ao qual se justapõe uma cruz como símbolo ou outro qualquer elemento. Não são mega-templos construídos com ouro, mármore, madeiras caras, nem tampouco galpões enormes com altares vermelhos e púlpito de madeira serejeira.

Através da Bíblia vemos claramente que a Igreja são as pessoas.

A palavra para Igreja no original Grego é “Ekklesia”, que significa “Assembléia de pessoas - congregação - reunião". Ou seja, "são pessoas que se reunem" e não o local onde as mesmas se reunem.

A Igreja não é o templo para a habitação de Deus. Deus não habita num templo feito de pedra ou de mármore mesmo que revestido de ouro. O templo não serve para transmitir a idéia de Deus nem para acolher a Deus.

A Bíblia é bem clara quando refere que Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens.(At 7:48)


NÓS SOMOS AS CASAS DE DEUS

As casas em que Deus habita somos nós!

“Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7.48-50).

Deus nos criou para Ele e é precisamente na reconciliação que reside a essência do plano de salvação que Jesus veio para concretizar e consumou através da Sua morte e ressurreição. Através de Jesus temos acesso ao Pai e podemos viver permanentemente em Sua presença.

Jesus referiu a respeito de si próprio de uma forma muito clara e explícita:

“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6).

O apóstolo Paulo quando pelo Espírito Santo escreve em primeira mão aos Coríntios e depois a todos em toda a parte e em todo o tempo afirma que somos templos em que o Espírito de Deus habita em nós: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6.19).

O mesmo apóstolo Paulo ainda escreve aos Corintos: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (1 Coríntios 3:16-17)
O autor de Hebreus nos mostra exatamente a superioridade da Graça através de JESUS sobre a Antiga Aliança, a Lei de Moisés, e o mesmo mostra o que é a Casa de Deus na Nova Aliança:

“Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas das coisas é Deus. E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.” Hebreus 3:4-6

Fomos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, este fundamento é JESUS como pedra angular e, uma vez edificados no mesmo como pedras vivas deste novo edifício, somos a habitação de Deus no Espírito, sendo assim, parte deste edifício feito de pessoas na Nova Aliança:

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” Ef 2:20-22

“também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pe 2:5

Ricardo disse...

A CASA DE ORAÇÃO

Este é o termo que por excelência traduzia o espaço em que nos reunimos para cultuar a Deus em conjunto e que infelizmente começa a cair em decadência.

Falar com Deus e ouvir Deus é o que significa a oração. Como Igreja nos congregamos para falar com Deus, ouvir Deus e falar de Deus.

Neste sentido a Casa de Oração é um espaço caracterizado não pela grandiosidade ou pela imponência, mas pela simplicidade e singeleza que não são sinônimas de mau gosto e desleixo, antes bem pelo contrário.

Uma Casa de Oração não é compatível com a idéia de uma “obra faraônica”, em que se projeta a ostentação e o poder financeiro.

Como cristão evangélico não defendo de modo algum a construção de catedrais ou basílicas, de mega-igrejas luxuosas que não soam bem com a prática de culto vivo, espontâneo, participativo, festivo, informal. Anseio pela possibilidade de espaços amplos e modestamente confortáveis para acolher todas as pessoas que desejam orar e cantar, louvar e adorar, celebrar e partilhar a fé no Deus que habita em pessoas de carne e osso que o recebem como único e suficiente Salvador e Senhor.

Nestes espaços não há lugar para os ídolos, para imagens, para santos de pedra e madeira, para símbolos pagãos ou para fetiches e amuletos místicos.

A Igreja do primeiro século, no período chamado paleocristão na História da Arte, reunia-se em espaços adaptados. Não temos que nos sentir demasiado desconfortáveis com o fato de nos dias de hoje devido a fatores de ordem politico-social e econômica muitos de nós nos reunirmos em espaços adaptados.

Ricardo disse...

A CENTRALIDADE DA PALAVRA

Na Casa de Oração onde se juntam aqueles que “são Casa de Deus” o elemento que estrutura e organiza o espaço tem que ver com a Palavra através da qual Deus nos fala e nós ouvimos Deus falar. A Bíblia lida e explicada é o elemento central do espaço de culto cristão evangélico porque o alimento do cristão é a Palavra que sai da boca de Deus como Jesus referiu claramente citando as Escrituras: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4.4).

Era assim que acontecia na Igreja primitiva, foi assim que voltou a acontecer com o movimento da Reforma protestante e é assim que hoje em dia nos devemos manter, porque é este o padrão bíblico. Era assim também que sucedia na sinagoga judaica no tempo de Jesus Cristo conforme nos relatam os evangelhos: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.”(Lucas 4.16-21).


A COMUNHÃO DOS SANTOS


Dois outros elementos marcantes do espaço de culto são o batismo e a mesa da Ceia do Senhor aos quais está intimamente ligado à comunhão dos fiéis. Pelo batismo se expressa publicamente a morte para a velha vida e a ressurreição para a nova vida, e através da Ceia do Senhor celebramos a ressurreição de Jesus até que ele volte. Deixar de ter estes dois elementos na Igreja é caminhar para um buraco herético bem profundo e distante do verdadeiro Cristianismo.


Portanto, finalizo esta postagem desejando que, você que está lendo a mesma possa refletir sobre o verdadeiro significado da Igreja, o significado Bíblico, bem diferente do que vemos hoje em dia em muitas igrejas.
A igreja somos nós em sua essência, os pecadores que são salvos em Cristo Jesus pela graça, em comunhão e unidade, a Igreja invisível universal, porém visível em localidade. Igreja jamais será um templo de quatro paredes construídos por homens. O nosso culto a Deus nunca será resumido em um templo nas reuniões dominicais, em um local cheio de tradicionalismo, de hierarquias, ou de um tabernáculo neotestamentário onde precisaríamos de sacerdotes e de ofertas e olocaustos pelos nossos pecados. O nosso culto a Deus sempre será racional, com base na Palavra, em nossas próprias vidas, 24 horas por dia, pelo resto de nossa história, e também através de nossa unidade em Cristo como Igreja, vivendo crescendo como Corpo de Cristo verdadeiramente, tudo isto graças a Nova Aliança, através de Jesus temos acesso ao Pai, e temos a promessa de vida por toda a eternidade, Aleluia.
Realmente precisamos repensar nosso conceito de Igreja!

Ricardo disse...

O clero tem fundamento biblico?
Escrevi sobre o cargo ou profissão de "pastor" que você encontra nas denominações, não por existirem muitos "pastores" que fazem barbaridades por aí, mas simplesmente por não encontrar na Palavra de Deus essa função de um homem liderando uma congregação local. O que não existe na Palavra de Deus nós não devemos inventar.


Eu tenho certeza de que existem muitos irmãos sinceros ocupando essa posição nas denominações e Deus os tem usado também. Porém o sistema que os homens criaram mais atrapalha do que ajuda. Conheço um pastor presbiteriano que tem um dom muito especial de evangelista e gosta mesmo de sair pregar o evangelho. Ele próprio me confessou que prefere estar em campo pregando do que dirigindo a congregação que lhe foi designada.

Agora veja você que situação: por fazer parte do sistema ele seguiu o caminho que a tradição ditou: estudou teologia, foi ordenado pastor e assumiu a liderança de uma congregação ou "igreja" em uma pequena cidade. Como seu dom é de um evangelista, aquela congregação não escuta mais que o evangelho todas as semanas e fica assim privada de aprender aquilo que Deus tem preparado para ensinar por intermédio dos que tem o dom de pastor ou mestre (lembre-se de que ele reconhece não ter o dom de pastor, mas de evangelista).

Naquela congregação podem existir outros irmãos que tenham recebido do Senhor o dom de pastor ou de mestre (ou doutor), porém o sistema determina que é o "pastor ordenado" quem deve ficar à frente da congregação, pregar, ensinar, pastorear etc. Então todos perdem: esse "pastor", por reconhecer que não tem o dom e acaba fazendo menos do que poderia; os outros dons, que não têm tantas oportunidades de se manifestarem como teriam se estivessem se congregando segundo 1 Coríntios 14; e a congregação como um todo, que não será alimentada com mais do que a mensagem básica do evangelho, que é o que o "pastor" sabe pregar bem.

Resumindo o que escrevi da outra vez (e que não ficou claro para você), a profissão ou cargo de "pastor" que você encontra nas denominações na figura de um homem dirigindo o culto e responsável por uma congregação não existe na Bíblia.

Na Bíblia o pastor é um dom, como é o evangelista e o mestre. O evangelista sai pregar o evangelho, as pessoas se convertem e o pastor as incentiva a permanecerem no Senhor, enquanto o mestre ensina doutrina a elas. Você encontra os diferentes dons em ação em Atos 11:

EVANGELISTAS:
Ats 11:19-21 Aqueles, pois, que foram dispersos pela tribulação suscitada por causa de Estêvão, passaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. Havia, porém, entre eles alguns cíprios e cirenenses, os quais, entrando em Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles, e grande número creu e se converteu ao Senhor.

Ricardo disse...

PASTOR:
Ats 11:22-24 Chegou a notícia destas coisas aos ouvidos da igreja em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia; o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortava a todos a perseverarem no Senhor com firmeza de coração; porque era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.

MESTRE:
Ats 11:25-26 Partiu, pois, Barnabé para Tarso, em busca de Saulo; e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos. (aparentemente Barnabé reunia os dons de pastor e mestre, pois diz que ele ensinava juntamente com Paulo.)

A responsabilidade de uma assembleia local não está sobre um só homem (como costuma ser o "pastor" das denominações), mas sobre vários irmãos que a Bíblia chama de anciãos, bispos ou presbíteros (ou guias). Estes não são dirigentes das reuniões, mas funcionam como zeladores do rebanho.

Quanto ao que disse de Davi, escolhido por Deus para ser o líder de Israel, ele é uma figura de Cristo Rei para Israel (nas epístolas dadas à igreja Cristo nunca aparece como rei da Igreja, mas sempre como Senhor). Mas no início Deus não queria dar um rei para Israel, mas queria que o Seu povo dependesse somente de Deus como seu Líder. O povo pediu um rei porque queria ser como as outras nações e Deus lhes deu Saul.

No que diz respeito à Igreja de Deus, o próprio Senhor é o Sumo Pastor, o Espírito Santo o dirigente das reuniões e os próprios crentes são o templo ou casa espiritual de Deus e exercem um sacerdócio santo. Percebe o quão diferente tudo isso é do modelo que o protestantismo copiou do catolicismo que, por sua vez, emprestou de Israel? Inventaram um clero formado por homens em uma posição intermediária entre a congregação e Deus, arranjaram para esses homens vestes distintas, deram a eles títulos honoríficos como "padre", "pastor", "bispo", "sacerdote", "reverendo" etc. e chegaram ao ponto, no catolicismo, de chamar um homem de Sumo Pontífice ou Sumo Sacerdote.

Espero que desta vez tenha ficado mais claro para você. Repito: minha intenção não é denegrir as pessoas que ocupam a posição de "pastores" nas denominações, pois a grande maioria desses irmãos simplesmente ignora o que a Palavra de Deus diz a respeito, tendo "engolido" aquilo que a tradição religiosa lhes passou sem nem mesmo irem conferir nas epístolas. O melhor mesmo é sermos como os irmãos de Bereia quando os apóstolos vieram lhes trazer as novas do Evangelho. Conhecedores das escrituras do Antigo Testamento, eles foram conferir se as coisas eram de fato do jeito que aqueles homens estavam lhes falando.

Ats 17:11 Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.

Unknown disse...

O que vemos é muitos cristãos querendo ter o auto conhecimento do que Deus pode fazer é saem julgando o que aos seus olhos não são de Deus e o que é.
Creio que tudo que não é de Deus será cobrado por ele , porque só Deus sabe o que ele faz ... Agora vejo muitos que julgam e saem falando .
Quero dizer que mesmo quando Paulo caiu quando sentiu Deus falar com ele ,sentiu o toque ,sentiu o poder do senhor ...
Paulo mudou sim,Paulo foi um dos maiores Missionários ,mas não dependeu só dá unção ou do poder de Deus...
Dependeu também da sua obediência para com Deus, dependeu da sua fé em Deus, dependeu da sua determinação de levar a palavra do senhor mesmo sofrendo muito.
Então se algum cai no poder e não mudar ,eu não posso dizer ou julgar que não seja poder ,pq ? Pq muitos cristãos mesmo sendo escolhido mesmo sendo chamado,tem negado sua fé em Cristo ,entao meus irmãos vamos buscar nossa fé ,nosso entendimento em Deus e largar de julgar os outros sendo que todos nós falhamos ,todos nós queremos conhecer a Deus,mas ainda não o conhecemos realmente como ele.

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