sexta-feira, outubro 08, 2010

Coisas que toda mãe deveria saber

Por Renato Vargens

Certa mãe tomou uma decisão: “Meu filho nunca será reprimido. Terá total liberdade para não ser um recalcado e inibido. Fará na vida o que bem entender. Sou contra a repressão”. Assim sendo, o menino foi crescendo livre, solto, à vontade. Tudo quanto queria era atendido. E não custou a dar trabalho... A própria mãe já o chamava de “meu adorável danadinho”. Os vizinhos o chamavam de “peste”. O apelido dele no bairro era “monstrengo”. E quando se reclamavam das diabruras do garoto, a mãe costumava dizer: “Criança é assim mesmo. Não reprimam”. O garoto cresceu libertino, porque sua mãe lhe dava corda em tudo. Enturmou-se o garoto com a galera do bairro, outros adolescentes livres, da pesada. E quando a mãe menos suspeitava, foi chamada à polícia: Seu adorável libertino estava preso, comprometido com drogas, roubo à carro e estrupo. A infeliz mãe chorou lágrimas amargas... soltou demais o seu filho e Arrependida disse: “Hoje entendo porque meus pais me castigavam quando era menina. Filho solto dá no que não presta”. A Bíblia está certa quando diz... (Pv 22.15; 29.15)

Há pouco presenciei uma cena interessantíssima num shopping de minha cidade. Uma criança ao passar por um quiosque de uma famosa marca de sorvete gritou: - Mãe me dá um picolé? Sem titubear a jovem senhora lhe respondeu: - Não minha filha, você está gripada. Ao perceber que sua vontade tinha sido frustrada, a garotinha imediatamente começou a espernear dizendo: - Eu quero, eu quero, eu quero! Vendo o escândalo da menina, a mãe meio sem graça disse para os que estavam no local: - Ela quando quer uma coisa é fogo! E sem medir as conseqüências do ato, atendeu-lhe o pedido dando-lhe o sorvete.

Saber dizer “não” é um dos aspectos mais importantes na educação de crianças e adolescentes, todavia, o que se percebe é que pais e mães possuem uma enorme dificuldade de frustrar os desejos de seus rebentos. Uma das conseqüências disso é que ao se transformarem em jovens, tais indivíduos tornam-se impulsivos, incapazes de esperar, procurando a todo o custo a gratificação imediata e a satisfação dos seus desejos. Não é, pois de estranhar que, diante uma contrariedade imposta por um professor, chefe ou líder, a agressividade surja como uma reação natural.

Caro leitor, fazer a vontade dos filhos mesmo sabendo que isto possa substancialmente lhes prejudicar, contribui significativamente para a construção de um comportamento infantilizado onde sua vontade deve sempre prevalecer. Estipular limites para um filho é prepará-los para conviver com o mundo, e com as frustrações que fazem parte da realidade da vida.

Adonias um dos filhos de Davi trouxe-lhe inúmeros problemas, o que se deveu ao fato de que este nunca fora contrariado por seu pai. Por acaso, você já percebeu que pais que nunca contrariam seus filhos experimentam no futuro vultuosas tempestades?

Pais permissivos, sem que percebam contribuem para a deformação de caráter de seus filhos. Em contrapartida, disciplina e limites quando usados na medida certa corroboram para o amadurecimento bem como crescimento emocional daqueles que tanto amamos.

Pense nisso!

Renato Vargens
Jonis disse...

A Paz do Senhor.

Mas, o que tem de expert em fihos dos outros nesse mundo é fantástico. A cena do picolé é um clássico. O mesmo vale para a cena do sorvete. Só uma vez passei por algo semelhante e, tranquilamente, conversei com a minha filha. Sentei num banco que estava por perto e expliquei que não poderia comprar. Ela deu o "espetáculo" dela por 30 segundos e eu propus uma troca: Eu daria o sorvete e, em troca, ela ficaria o domingo sem sair de casa, sem brincar, ir à roça e sem tomar banho de piscina. Afinal, para ela, domingo é dia de culto infantil na igreja, brincar com as primas na roça e tomar banho de piscina com as primas. Ela deixou o sorvete de lado.
Acredito que cabe aos pais apresentar aos filhos opções diante de cenas tão pitorescas como essas. Alguns dirão que é chantagem. Eu chamo de oferecer oportunidades ou escolhas. Afinal, ela tem que entender que suas ações têm conseqüências e há valor envolvido em cada escolha.
Hoje, ela tem 6 anos e entende melhor quando eu digo "não". Mas, e isso é importante, nunca deixo de ser amoroso a atencioso com ela. É importante a criança entender que contrariá-la não significa que não a amo.

JUBRAC STA CRUZ disse...

Muito legal seu texto, algo que acontece todos os dias, mas é isso ai, os variados não que recebi de meus pais hoje valem a pena sim, e penso que nessa história de pais permissivos que existe hoje tem que tomar cuidado mesmo.

Cidinha disse...

Eduquei meus filhos como fui educada,tendo limites ,ao sair de casa sempre conversava com eles ,dizendo que não era para pedir nada ,nada de birras,nunca fui envergonhada por eles,quando iamos ao shopping,eles sempre se comportaram bem,e na volta sempre foram recompensados com uma guloseima ou algo que queriam.Tiveram castigos,tiveram palmadas,mas foram e são muito amados,ainda hoje sendo maiores de idade ,dizem onde vão e a que horas vão chegar e com quem vão estar.

OH ! GLÓRIA. disse...

Que eles chorem agora para que nós não choremos amanhã.

SHEYLA BARBOSA V.DE MORAES disse...

SEI BEM O QUE E ISTO,TENHO UM FILHO HOJE DE 17 ANOS E TODOS ME CENSURAVAM QUANTO A EDUCAÇAO QUE O DEI ELE ATE HOJE CEDE LUGAR NO ONIBUS AOS MAIS VELHOS,GRAVIDAS E E MUITO E DUCADO POIS EU O ENSINEI A TER LIMITES QUE E O QUE ESTA FALTANDO NESSA NOSSA JUVENTUDE.EU FUI CRIADA COM LIMITES E ACHO QUE ATE EM ALGUNS MOMENTOS UMA TAPINHA NAO FAZ MAU,INFELIZMENTE ESTAO COLOCANDO MUITO DIREITO A MENORES ...MAIS EU CREIO QUE O SORVETE DA HISTORIA E SABER IMPOR LIMITES A NOSSOS FILHOS,POIS ELES SO SERAO AQUILO QUE APRENDERAM ENTAO PAIS ALERTEM ISSO SOMOS CHAMADOS PARA ESTE GRANDE MINISTERIOS DE PAIS PARA EDUCALOS E LEVALOS AO CAMINHO DO AMOR ENSINEOUS A SEUS FILHOS ENQUANTO AINDA TEM TEMPO VIU.XEROS E PARABENS RENATO....

Dayane Bastos disse...

Bom dia!

Mais um dos seus belos textos me surpreendem esta manhã, e fico muito feliz em poder aprender um pouco com cada um deles.

Concordo com suas colocações sobre permissividade, mas as vezes fico me perguntando: - Será que castigar e prender também não contribui para que eles cresçam frustados ou Rebeldes?

Fui uma criança muito castigada, quando adolescente tudo e qualquer coisa era motivo para apanhar, mesmo adulta eu cheguei a apanhar , hoje sinto certa dificuldade em lidar com as minhas filhas, não sou permissiva e nem perversa, acho que sou um pouco rigida , mas por vezes não sei se estou agindo certo. Elas são bem danadinhas, mas sabem e respeitam um adulto quando lhe chamam a atenção, esses dias inclusive, uma lider da igreja chamou a atenção delas e deu um "sermaozinho" e elas ouviram e eu não fiquei chateada não, até gostei, eu precisa daquilo ouvir também, acho que ainda não descobri o que é autoridade...

Gostaria que o senhor comentasse tambem a respeito de pais rigidos e como os pais podem demonstrar de forma mais explicita o amor por seus filhos.

Forte Abraço,

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