quarta-feira, junho 02, 2010

O Evangelho que a Igreja esqueceu.

Por Renato Vargens


“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? (Gálatas 3:1).

Culto da prosperidade, quebra de maldições hereditárias, culto dos milagres, culto do descarrego, culto da troca do anjo da guarda, culto para os que querem enriquecer, culto para uma vida plena, dentre tantos outros mais, fazem parte do universo gospel brasileiro.

Do Oiapoque ao Chuí, o que mais vemos são igrejas que no afã de encherem seus templos, anunciam um tipo de evangelho onde o que importa é agradar o cliente. Na verdade, ouso afirmar que mediante o pluralismo eclesiástico de nosso tempo, boa parte das comunidades cristãs tem anunciado uma forma de evangelho segundo o gosto do freguês. Isto se vê nitidamente nas pregações temáticas com palestras para empresários, endividados, adoecidos na alma, etc.

Já os assuntos abordados, são extremamente humanistas, cuja inspiração para a homilia vem exclusivamente da psicanálise. Além disso, segundo a vontade do freguês a musica cantada deve ter as mais variadas manifestações, do mantra ao funk, até porque, o que importa é atrair o cliente. Para piorar a situação a palavra do pastor tem que ser para cima, além disso falar em pecado é contra produtivo a uma vida de pecado.

Caro leitor, infelizmente a Igreja de Cristo esqueceu em algum lugar do passado o evangelho da salvação eterna, até porque, não se ouve mais em nossos arraiais pregações sobre arrependimento, pecado, morte de Cristo, juízo e vida eterna. Aliais, falar sobre pecado não é politicamente correto, até porque, não atrai multidões a grande congregação.

Como bem disse John Stott, pregar o Evangelho é anunciar Cristo e sua obra consumada na cruz. Quando anunciamos o Evangelho, expomos a doutrina de que o Cordeiro de Deus foi morto pelos nossos pecados, e que sem a sua morte todos nós estaríamos condenados ao tormento eterno. Pregar as Boas Novas é falar do nosso estado de miséria, como também do amor de Deus para conosco em ter enviado seu Filho para morrer na Cruz em nosso lugar. Pregar o Evangelho não é anunciar um Deus Milagreiro, e sim um Deus Santo, Justo, e amoroso que mediante a morte e ressurreição de seu Filho nos concedeu vida eterna.

Louvado seja Deus pelo Evangelho da Salvação Eterna.

Renato Vargens
Andre Gonçalves disse...

Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus!!

Pr. Renato,

Realmente em algum momento do passado, faltou Palavra para o povo. Este por sua vez, começou a gostar dos "carinhos" aos seus ouvidos. O resultado? Bom, o resultado é a realidade da Igreja de hoje, amando mais o mundo do que a Deus, e sendo preparada e treinada para viver apenas nesta vida.

Em Cristo,
André Gonçalves.

Unknown disse...

belo texto, retrata a real situação das igrejas brasileiras hoje

Emerson Bahia disse...

Amado irmão, o mais importante é olhar para Jesus [modo irônico ON]

Abração...rs

to disse...

Caro pastor Renato,

A paz do Senhor!

Muito boa postagem! Gostaria de saber se o senhor me autoriza postar este artigo em meu blog. Por favor, dê uma resposta.

Um abraço.

João Paulo M. de Souza
(http://www.joaopaulomsouza.blogspot.com)

Ebenezer Moreira disse...

Caro pr. Renato,parabéns pelo texto,poís ele retrata a nossa realidade nestes dias.Mas também sei que Deus tem levantado uma geração de pastores que assim como o senhor não estão conformados com este falso evangelho que tem sido pregado por aí,posso citar alguns exemplos como o pr.Marcos crecci;pr.silas;pr.Benedito c. oliveira;pr.Newton carpintero e pr.Renato Vargens.Um abraço em Cristo e espero algum dia conhecê-lo pessoalmente, blogdodesviado.blogspot.com

O Pastor disse...

Já estamos tão longe do evangelho verdadeiro que nem sabemos por onde começar o caminho de volta.
Reforma já.


Paz.

Amarildo Rocha disse...

Querido Pr Renato, temos que mobilizar as pessoas, cada um tem que começar em sua igreja, sua comunidade, sua cidade. Não podemos pensar que somos pequenos e fracos para continuar essa reforma, temos é que por a mão na massa. Lutero, um jovem brilhante e sonhador, mais muito puro e inexperiente começou a reforma sem noção do que fazia. Mais na ingenuidade que na coragem. Quando acordou no meio daquele turbilhão de interesses e vaidades pessoais, não teve opção a não ser avançar, pois estava preso a sua consciência e suas convicções. A palavra nos diz que temos que ser crianças para ser salvos, criança nos lembra ingenuidade. Os adversários são os mesmos, gente poderosa lutando pelos seus interesses pessoais, para alimentar seu ego, sua vaidade, sua ganância, etc. Será que não podemos usar essa ingenuidade quase infantil de Lutero para obscurecer esse poder que nos inibe, e nos empurrar para a batalha, ou devemos nos orgulhar de nossa inteligência adulta, em reconhecer o perigo, e nos manter estáticos, mortificados, vendo satanás agir dentro de nossa igreja e não fazermos nada. Esquecendo que a palavra nos diz que "o que esta em nós é mais forte do que o que está no mundo".
Em Cristo:
Amarildo.

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