O "evangelho" que os adeptos da teologia da prosperidade pregam fala de tudo, menos de salvação. Os defensores da teologia da confissão positiva anunciam riquezas e bênçãos, contudo, esquecem de proclamar em alto e bom som que o salário do pecado é a morte, e que se não obtiver o perdão de seus pecados, o homem está condenado ao inferno.
Caro leitor, o tema principal das Sagradas Escrituras é a salvação. A Bíblia anuncia claramente que haverá um dia de julgamento quando todos os seres humanos prestarão contas diante do tribunal de Deus. Para muitos, este "dia do Senhor" será um dia de trevas, sem luz alguma. Será a condenação final, a hora mais triste, a pior calamidade da história da humanidade, onde os homens sem Cristo serão condenados ao lago de fogo e enxofre. Em contra-partida os que tiverem os seus nomes escritos no Livro da Vida, serão salvos. (Ap 20:11-15)
Diante do exposto, é indispensável que entendamos que a única forma de sermos salvos é depositando nossa fé em Cristo Jesus. Vale a pena ressaltar que a salvação é exclusivamente uma obra divina; ela é concretizada e aplicada por Deus. A salvação pertence ao Senhor e provém do Senhor (Jn 2:09). O ser humano em nada pode contribuir para alcançar a salvação. É Cristo quem nos salva da ira do Senhor . A salvação não é obra do homem, nem é um esforço cooperativo entre Deus e o homem, Deus fazendo sua parte e o homem a dele. A salvação é obra de Deus! Isto é, não sou eu que aceito Jesus, é Ele quem me aceita.
Louvado seja o Senhor pela sua infinita graça e pelo seu amor que nos elegeu antes do fundação do mundo!
Renato Vargens
Caro Renato, obrigado por me enviar o link do seu texto.
Quanto a questão da teologia da prosperidade e a confissão positiva concordo com tua postura.
No entanto, pregar uma salvação somente para o dia da morte não faz o menor sentido se relacionarmos com a vida e os atos de Jesus. Se des-henelizarmos a mensagem do Cristo descobriremos que Ele falava antes de tudo de uma salvação existencial, ou seja, sua proposta era de salvar pessoas de uma condição de inferno e perdição da alma em vida.
A construção posterior colocou sobre os ditos de Jesus um helenismo, com toda a metafísica grega, que dicotomizou sua mensagem. Daí, me lembro do incomodo exercício que muitos ex-professores meus de seminário empreendiam cada vez que alguém perguntava sobre Jesus curar alguém e dizer "vai tua fé te salvou", para insinuar que Jesus fala de vários tipos de salvação. "Mas a principal é aquela que se refere a salvação da alma de ir para o inferno", afirmavam alguns desses professores, como saída do embaraço.
Não é de estranhar que Jesus considera seus atos, atos de salvação não os classificando como mais ou menos importantes? Salvação pra Jesus é sempre uma coisa só.
Quem determina qual gesto de Jesus se refere a salvação da alma ou de uma mera doença? Uma análise semântica resolve isso? Quem detem o monopólio da interpretação correta dos ditos de Jesus então, só a cátedra? Se for assim, por que Jesus não faz distinção entre os tipos de salvação executadas?
Se há um salvação nos ditos ditos de Jesus para cada situação e que a mais importante se refere a salvação alma do inferno, pobre do ex-endemoninhado gadareno, que depopis de ter sido "salvo" pediu para ir com Jesus e Jesus achou melhor que ficasse onde estava, perdendo a oportunidade de salvar a alma do inferno, e ser devidamente catequisado.
Jesus salva, isso é ponto pacifico. Mas salva de que? Precisamos refazer esta pergunta e respondê-la com sinceridade a partir de um estudo des-helenizado do que é salvação nas palavras e atos de Jesus.
Abraço e parabéns pelo blog.
Alex
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