Existe um tipo de discipulado muito comum em algumas igrejas evangélicas. Nele, o discipulador ultrapassa os limites da racionalidade tomando decisões unilaterais quanto à vida do seu discípulo. Nesta perspectiva, o que discípula tem poder para determinar aquilo que o seu seguidor deve fazer. Sei de casos de pessoas que não podem viajar sem que o seu discipulador autorize, ou de outros que não podem vender absolutamente nada, sem que a autoridade espiritual concorde com o feito. Além disso, é comum observarmos que os discipuladores em questão usam do nome de Deus para decidir se o discípulo deve ou não namorar, se pode ou não ir para a praia, se deve ou não se mudar, ou como deve se portar dentro de suas próprias casas.
Como inúmeras vezes compartilhei, confesso que tenho estado impressionado com a capacidade de alguns dos evangélicos em criar coisas novas. Se não bastasse a “hierarquização do reino” onde apostolos governam com mão de ferro seus súditos, nossos arraiais têm sido tomados pelo súbito aparecimento de estruturas monárquicas, onde pastores e líderes em nome de Deus mandam e desmandam na vida alheia. Tais homens, como ditadores da fé, têm feito do rebanho de Cristo propriedade particular. Além disso, os homens de Deus em questão, sem o menor constrangimento “coronelizaram” a comunidade dos santos, obrigando a seus liderados a se submeterem sem questionamento as suas ordens e determinações.
Como inúmeras vezes compartilhei, confesso que tenho estado impressionado com a capacidade de alguns dos evangélicos em criar coisas novas. Se não bastasse a “hierarquização do reino” onde apostolos governam com mão de ferro seus súditos, nossos arraiais têm sido tomados pelo súbito aparecimento de estruturas monárquicas, onde pastores e líderes em nome de Deus mandam e desmandam na vida alheia. Tais homens, como ditadores da fé, têm feito do rebanho de Cristo propriedade particular. Além disso, os homens de Deus em questão, sem o menor constrangimento “coronelizaram” a comunidade dos santos, obrigando a seus liderados a se submeterem sem questionamento as suas ordens e determinações.
Em estruturas como estas, é absolutamente comum exigir-se dos crentes, submissão total. Em tais comunidades, a vida cristã é regida exclusivamente por um sistema onde coronelismo e arbitrariedade se misturam. Infelizmente, aqueles que porventura ousem opor-se a este estilo de liderança, sofrem sanções das mais estapafúrdias possíveis.
Em nome de Deus, tais pessoas rogam “pragas e desgraças” para aqueles que em algum momento da vida se contrapuseram a seus sonhos e vontade. É nesta perspectiva, que tem emergido em nossas comunidades o toma-la-dá-cá evangélico. Basta discordar da forma do pastor conduzir o rebanho, que lá vem maldição. Em certas igrejas a palavra “rebeldia” tem sido usada para todo aquele que foge dos caprichos fúteis de uma liderança enfatuada. Em tais comunidades, discordar do pastor quase que implica com que o nome seja colocado na “boca gospel do sapo”.
Para piorar, tais líderes partem do pressuposto que o pastor em nome de Deus tem o poder de amaldiçoar outras pessoas através da oração positiva e determinante. Em outras palavras, tal ensinamento afirma categoricamente que aqueles que agem desta maneira, podem rogar ao Senhor da glória o aparecimento de desgraças e frustrações na vida de seus desafetos, determinando assim a desventura alheia.
À luz disso, não tenho a menor dúvida em afirmar que comportamentos como estes não ficam a dever em nada aos trabalhos de macumba e vodu que são feitos nas esquinas e encruzilhadas deste Brasil tupiniquim. Infelizmente a igreja evangélica mergulha em alta velocidade no buraco da sincretização, deixando pra trás valores, virtudes e princípios onde a afetividade e o amor deveriam ser marcas indeléveis de uma comunidade que conhece a Cristo.
Amados, não nos esqueçamos que somos o povo Deus, nação santa, sacerdotes do Deus vivo. Na perspectiva do reino, todos absolutamente TODOS possuem acesso ao trono da graça não necessitando assim criar estruturas monárquicas fundamentadas em experiências muitas das vezes esquizofrênicas e adoecedoras. Quero ressaltar que para nós cristãos, a essência da igreja resumi-se na maravilhosa verdade que nos ensina que fomos chamados para fora deste sistema perverso, ambíguo e separatista, e que agora, independente de classe, cor, posição social, reunimo-nos TODOS indistintamente em torno do Cristo nosso Senhor como a comunidade dos santos.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
Ótimo texto, Renato.
Deus o abençoe,
Franklin
A paz do Senhor!
Infelizmente a historia da igreja atual nos mostra que isso ja vem de anos atrás, como alguns homes ue participaram do movimento protestante integraram isso no meio do povo de Deus... Só com o coração limpo que um lider pode entender esse erro e mergulhar nas escrituras sagradas...
Em Cristo
Edson Dorna
Olá irmão Renato.
Gostei muito desse post. Infelismente esse é o quadro atual da igreja no Brasil e no mundo.
Gostei tanto que gostaria de colocá-lo em meu blog (indicando fontes e tal) com sua permissão é claro. Ao agurado!
A Paz.
Olá Rodrigo,
Fique a vontade. Pode publicar o texto em seu blog.
Abraços,
Sou evangélica de berço. Tenho 44 anos de idade e prezo por esse evangelho que transforma, liberta, salva e cura o perdido pecador. Achei interessante e pertinente suas palavras sobre o perfil atual dos discipulador que você os caracteriza como "Generais da fé". É de amendrontar como as coisas estão desordenadas e dificeis no tocante a fé.
Preocupo-me com a salvação...penso que ainda há esperança para a igreja de Cristo Jesus, que ela é família de Deus na terra e que somos chamados para sermos agentes de transformação. Que Deus te abençoe, isnpirando-o sempre a escrever textos significativos como este. Obrigada
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