Lágrimas de uma cidade oprimida.

Renato Vargens

Nestes ultimos dias o Rio de Janeiro mais uma vez protagonizou cenas de extrema violência. Infelizmente todos os meios de comunicação do país em vez de celebrarem a beleza da cidade maravilhosa, são obrigados a noticiarem tragédias como a da adolescente Marta Cristina da Silva, de 14 anos, grávida, que morreu vítima de bala perdida no confronto entre policiais e criminosos, no Engenho da Rainha, subúrbio do município.

Confesso que que não aguento mais ouvir noticias de que adolescentes e jovens tem tido as suas vidas ceifadas pela barbárie que definitivamente se instalou em nossas cidades. Segundo a ONU, o Brasil é o país que mais mata com arma de fogo no mundo. Em 1998, cerca de 50 mil pessoas foram mortas no país, sendo que cerca de 45 mil vítimas de arma de fogo. A chance de um brasileiro morrer por arma de fogo é 3 a 4 vezes maior do que a média mundial; Nos últimos vinte anos o número de brasileiros assassinados aumentou 237%; Em 1983, na cidade do Rio de Janeiro, 35% das mortes de jovens do sexo masculino entre 15 a 19 anos, foram causadas por arma de fogo. Em 2001, esse número subiu para 65%, representando um crescimento de 85,8%; Em 1998, 6.876 jovens, entre 10 e 19 anos, foram assassinados no Brasil. Apenas no Rio e Janeiro, oito pessoas entre 15 e 24 anos perdem a vida todos os dias, vítimas de armas de fogo. Nesta faixa etária, a chance de uma pessoa ser morta com arma de fogo é 4,5 vezes maior do que o restante da população.

Caro leitor, vivemos momentos absolutamente desesperadores, onde nitidamente percebemos na cidade que tanto amamos o alto índice de violência, morte e dor. Infelizmente por mais que desejemos consolar as familias enlutadas, somos obrigados a confessar que não existem palavras que confortem as vitimas de um Estado inepto e incapaz de solucionar o trágico problema da violência.

Que Deus ajude a sua igreja em dias tão dificieis a pregar os valores do Reino, a fim de que o mundo em que vivemos seja impactado pela sua misericórdia.

Maranata Senhor Jesus!

Renato Vargens