segunda-feira, dezembro 28, 2015

A Hillsong de Londres seu musical de Natal e o perigo daqueles que desejam ser uma igreja sem rótulos


Ultimamente tornou-se comum encontrarmos irmãos queridos defendendo a ideia de que a igreja precisa ser diferente e que em virtude disso ela não deve possuir rótulos. Nessa perspectiva, tem sido comum encontrar alguns pastores desconstruindo valores e conceitos que nos são caros e ao mesmo indispensáveis a saúde da igreja. 

Os que defendem uma igreja deste naipe acreditam que qualquer tipo de "reverência litúrgica" precisa ser rejeitada, visto que do ponto de vista eclesiástico um culto "engessado" é caracterizado unicamente por música congregacional e pregação da palavra, o que segundo alguns é insuficiente para caracterizar um culto moderno.  Nessa perspectiva, em nome da contextualização as igrejas em questão terceirizaram a liturgia incluindo nelas aspectos artísticos e culturais, cujo foco prioritário é satisfação do fiel e não a glória de Deus. 

Um exemplo claro disso é o ministério Hillsong. Aliás, vale a pensa ressaltar que gosto de inúmeras canções entoadas pela igreja australiana, e que a qualidade musical de suas bandas glorificam a Deus, todavia, penso que a Hillsong bem como as suas "imitadoras" no Brasil, se perderam na contextualização.

Veja por exemplo o ocorrido na Hillsong de Londres onde um musical de Natal foi apresentado através de dançarinos, música e pasmem erotização. Ao ver o vídeo,  a impressão que tive era que estava assistindo um show na Broadway e não uma apresentação musical numa igreja onde Cristo deveria ser glorificado. 

No Brasil ,  em nome de uma espiritualidade barata e superficial também tornou-se comum colocar na massa do bolo diferentes tipos de ingredientes a fim de que a igreja fique mais atrativa e palatável. Nessa perspectiva, canta-se muito, dança-se muito, como também se relativiza o púlpito pregando um evangelho antropocêntrico e ensimesmado. Ora, eu creio na importância da contextualização, bem como na relevância de divulgarmos o evangelho de forma inteligível, contudo, penso que transformar a igreja num tipo de "show bussiness" ou num grande teatro onde a fé é encenada, significa empobrecer a proclamação do evangelho, o qual deveria ser anunciado mediante a exposição das Escrituras.  Ressalto também que creio na  relevância e importância dos atos litúrgicos,  e que um culto centrado em Cristo tem em si as marcas do bom senso, onde música, leitura da Bíblia, orações, e intercessões se fazem presentes visando exclusivamente a glória de Deus.

Isto posto concluo afirmando que a linha existente entre contextualizar e miscigenar a fé é extremamente tênue e que muitos no desejo de atrair os incrédulos, tem trilhado caminhos perigosos e que no fim poderão produzir estragos dos mais terríveis possíveis. 

Pense nisso!

Renato Vargens



Unknown disse...

Concordo plenamente com sua opinião sobre o cultuar a Deus e não a criatura.

Unknown disse...

vc tem toda razão, meu irmão! eu creio que nao há problemas em danças ou musicas, desde que sejam feitas todas as coisas com espiritualidade e não com carnalidade, objetivando o Reino de Deus e sua Glória. Concordo com vc, mas infelizmente, a tendencia é so piorar, uma vez que Cristo está próximo de voltar,e o amor de muitos esfriará, como bem vemos. Entretanto, nosso papel é orar e interceder para que a igreja do senhor seja sarada, para que essas pessoas sejam curadas. Devemos ter muito cuidado para não ficar falando e falando, com o intuito de "mostrar a verdade", quando deveríamos estar orando e orando! imagino quão grande seria a glória para Deus se pessoas como o bispo Marcedo, ou apóstolo Agenô, etc... se arrependessem e mudassem... temos o poder de orar por essas pessoas e ligar essas coisas no céu! vamos fazer isso! ps: não estou dizendo que vc está fazendo essas coisas.. vc nao escreveu nada de errado..é só mesmo uma ideia! :)

Unknown disse...

Deve ter sido bem extravagante medindo a roupa da loira de branco

Unknown disse...

Ao tamanho da roupa da loira tá bem erótico

Robson Braga Abrantes disse...

Parabéns por comentar tão bem a triste realidade da igreja de nosso tempo.

Unknown disse...

Sagrado e profano juntos, não agradam a Deus. Deus não muda e o homem moderno cria o deus que lhe agradá...infeliz quem segue essa idéia. Parabéns pelo texto.

Unknown disse...

Preciso ver o vídeo pra então depois comentar...

Patricia Garcia disse...

Renato te respeito e te acompanho .
Mas não vou concordar dessa vez.
Acho super válido os que tem dons artísticos usarem isso para divulgar a palavra de Deus e mais ainda quando esses ministérios reúnem pessoas de diferentes denominações.
Isso ultrapassa barreiras denominacionais e toda e qualquer contextualização é bem-vinda sim,pois creio que crianças, adolescentes e jovens possuem aproveitamento muito maior dessa forma.
Quanto ao comprimento do vestido "da loira", como algumas irmãs aqui a chamaram como se não vissem isso nas suas igrejas hoje em dia, ou sugerindo que a moça que elas nem conhecem fosse uma qualquer...Eu afirmo que ela tem um pastor que certamente vai orientá-la à partir do episódio.Deixemos que ela preste contas com quem deve,ela tem pastor e marido...Deixemos pra eles resolverem!

renato vargens disse...

Patrícia,

Respondo citando o grande Charles Spurgeon:

As Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15) — isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: “E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho”, assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.

Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? “Vós sois o sal”, não o “docinho”, algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!

Deus a abençoe!

Pr. Renato Vargens

Unknown disse...

Perfeito texto, pr. Renato, e perfeito tbm o comentário acima. Sou bailarina, dancei por anos no mundo, mas quando ouvi o chamado de Deus voltei o dom que Ele me deu totalmente para ELE. Continuo dançando mas ao mesmo tempo divulgando a verdade do Evangelho, confrontando crentes e não crentes dentro do acredito ser a vontade de Deus. Acredito que trazer a Broadway para dentro da igreja não glorifica o nome do Senhor, mas restaurar, transformar a vida desses artistas, sim. Sinto muito mas não volto a usar mini saias nem mostrar minha barriga como parte do figurino, e também me recuso a usar de sensualidade nas minhas coreografias. Por favor, voltemos ao Evangelho!

Carla Mariana disse...

Gente to pasma eu vi o vídeo que triste

Patricia Garcia disse...

Renato,

veja bem....

O que eu quis dizer não é o entretenimento por entretenimento.
eu me refiro a coisa feita e planejada com propósito sério e colocarmos nossos talentos profissionais a serviço do evangelho.
Vou te dar meu exemplo, ok? Falar de mim mesma é melhor!
Sou professora formada pelo Colégio Estadual João Alfredo nas séries do ensino fundamental e especializada em educação infantil ( antiga pré-escola) e fiz pedagogia na UCAM- Universidade Cândido Mendes.
Percebi ao longo da minha caminhada a dificuldade de diversas irmãs que atuam nas ebds infantis para prepararem suas aulas.Mulheres que não são professoras no dia-a-dia e por mais que conheçam a Bíblia, não sabem nem por onde começar para dar aula a uma criança, que não sabem nem oque é um planejamento, então a forma que encontrei em ser útil ao reino foi dar uns treinamentos básicos e ensinar como preparar aulas e fazer projetos pedagógicos em uma igreja.
Nessa minha linha de raciocínio...Eu não entendo a razão da implicância com os artistas cristãos...Por que alguém que canta, dança e representa não pode usar isso em favor do evangelho?
Também me chamou a atenção da irmã acima que se diz bailarina (anônima) e colocou o balé a serviço da obra e não aprova o trabalho da Hilson, eu ri aqui, mas tudo bem.
Qual é o problema gente com os irmãos que possuem dons artísticos?
Agradeço desde já.
Fique na paz !

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