A fé cristã histórica e a experiência eclesial vêm
sofrendo nos últimos anos fortes questionamentos. O mais impressionante nesta
afirmação é que os ataques não estão sendo deflagrados por intelectuais ou
céticos que se situam além das fronteiras da cristandade, mas por cristãos que
fazem e ou já fizeram parte de alguma igreja cristã. As razões básicas para as
críticas passam pela decepção com promessas feitas em nome de Deus e que nunca
se cumpriram, além das práticas e ensinos questionáveis ministrados em
ambientes eclesiásticos e a repulsa com os maus exemplos das lideranças
(pastores, bispos e apóstolos), resultando na deserção de milhões de cristãos
protestantes que engrossam a fileira dos descontentes com a igreja. Diante de
um cenário incerto, típico da era pós-moderna, qual será o futuro da Igreja
Cristã?
O niilismo
eclesiástico tem sido proposto por críticos do cristianismo oficial como
solução para uma igreja que consideram obsoleta e irrelevante no mundo
contemporâneo e como alternativa à experiência eclesial convencional. Destarte,
almejam um cristianismo completamente despido de formas, estruturas e
concretude institucional. Tais anseios estariam de acordo com as Escrituras
Sagradas e com a realidade dos ajuntamentos? É possível ser um cristão sem o
vínculo eclesial?
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