quarta-feira, junho 29, 2011

O Calvinismo é do diabo?

Por Renato Vargens



Outro dia um irmão amado me escreveu muito preocupado com aquilo que o seu pastor estava ensinando no púlpito de sua igreja. Segundo o irmão, o pastor afirmou enfaticamente que o Calvinismo é proveniente do diabo. 

Há pouco  ouvi de uma outra pessoa a afirmação de que o sistema doutrinário de Calvino foi inspirado pelo Cramulhão e que em virtude disto devemos rejeitar seus ensinos heréticos. Se não bastasse isso, nas Redes Sociais, volta e meia aparecem alguns  comentários raivosos de pessoas criticando  o que chamam de "teoria" calvinista.  Noutra ocasião um amigo compartilhou comigo que uma outra pessoa o havia criticado pelo fato dele ter o hábito de ler um blog Calvinista, que na sua sua perspectiva possui uma teologia inimiga da verdade.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? A esmagadora maioria dos comentários sobre o que seja o Calvinismo são completamente infundadas!  Lamentavelmente as afirmações de boa parte daqueles que combatem o Calvinismo estão desprovidas de subsídios bíblicos e teológicos.

Bom, isto posto, torna-se necessário explicar algumas coisas:


1- ) Apesar de alguns acharem que o Calvinismo trata somente da predestinação dos salvos e da condenação dos réprobos, é importante afirmar que o Calvinismo é muito mais amplo do que isso.

2- ) Calvinismo é o nome que popularmente se dá à formulação teológica que enfatiza a glória de Deus e sua soberania sobre tudo e todos.

3-) O Calvinismo recebe este nome por causa do reformador francês João Calvino, que foi o primeiro grande sistematizador da teologia cristã protestante. O que muitos ignoram, no entanto, é que Calvino não foi o “inventor” do calvinismo. A doutrina que envolve a soberania de Deus sobre os assuntos humanos, a predestinação do homem para a salvação e, conseqüentemente, para a condenação, a total pecaminosidade do homem não-regenerado que o impede de dar qualquer passo em direção a Deus, a negação do livre-arbítrio como fator soteriológico, foi pregado por Lutero e os outros reformadores. Vale a pena ressaltar que esta doutrina também fora ensinada pelos pais da igreja, e muito especialmente nos escritos de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado pela igreja católica. Enfim, a doutrina calvinista sempre existiu, embora com outros nomes, porque ela é bíblica e encontra suas bases mais sólidas nas sublimes afirmações de Jesus e do apóstolo Paulo.

O Principe dos pregadores Charles Spurgeon, que viveu em uma época semelhante a nossa, onde prevaleceu uma evidente insatisfação e desgosto para com o calvinismo, não hesitava em declarar que não concebia pregação do evangelho que não fosse calvinista:

"Minha opinião pessoal é que não há pregação de Cristo e este crucificado, a menos que se pregue aquilo que atualmente se chama calvinismo. É cognome chamar isso de calvinismo; pois o calvinismo é o evangelho e nada mais. Não creio que possamos pregar o evangelho... a menos que preguemos a soberania de Deus em sua dispensação da graça; e também a menos que exaltemos o amor eletivo, imutável, eterno, inalterável e conquistador de Jeová; como também não penso que podemos pregar o evangelho, a menos que o alicercemos sobre a redenção especial e particular do seu povo eleito e escolhido, que Cristo realizou na cruz; e também não posso compreender um evangelho que permite que os santos apostatem depois de haverem sido chamados". 

Louvado seja Deus pela sua graça!

Renato Vargens
Clóvis Gonçalves disse...

Pr. Renato,

É uma pena que a maioria dos que criticam o calvinismo o fazem baseados em caricaturas dele e não em seus ensinamentos. Gosto de ver alguém que compreende as doutrinas chamadas calvinista e discorda delas apresentando argumentações bíblicas contra ele. Mas fico triste em ver gente demais "malhando um espantalho".

Sou calvinista. Não porque alguém mais é ou foi. Mas porque é o que vejo ensinado de forma clara e consistente na Bíblia Sagrada.

Em Cristo,

Clóvis
Editor do Cinco Solas

Teologia e Adoração disse...

Não sou Calvinista. Mas amo a visão calvinista. Acredito que seja o que mais se aproxima da verdade que eu creio.

Sou um judeu messiânico e o que eu vejo no calvinismo é muito próximo senão idêntico ao que vejo no judaísmo messiânico.

Parabéns pelo texto

Anônimo disse...

Olhe que interessante este estudo http://univgospel.vilabol.uol.com.br/estudos/escolha.htm

Luiz Augusto disse...

Renato Vargens, pode reparar que a maiorida das pessaos que criticam os calvinismo são justamente aquelas que não tem quase nenhuma ou pouco entendimento teológico (bíblico). Pessoalmente eu fico triste como hoje em dia os cristãos usam dos meios mais baixos para defenderem as suas opiniões anti-biblicas. Aqui na minha cidade eu já estou cansado de ouvir pastores e mestres dizerem a congregação que teologia é ensino de homens. Resultado? O povo fica alienado, sem interesse de estudar doutrina e depois sai falando do que não sabe. Muito triste. Eu gostaria no amor de Cristo que a igreja hoje procurasse compreender melhor a Deus e sua vontade por meio das escrituras...

Anônimo disse...

O pastor dele é um idiota, ele também é um idiota, o teste é muito simples: OLHE PARA O SEU CORAÇÂO, veja quem são os hospedes dele e certamente entenderá o 'T' da tulip, os outros (ou outras letras U.L.I.P.) são inevitáveis.

PS. Idiota (do grego idiótes, na acepção vulgar aquele absolutamente ignorante em algum ofício, homem sem educação, ignorante, pelo latim idiota), é a pessoa desprovida de inteligência. Idiota do latim idiote , refere-se a individuo incapaz de diferenciar periculosidade em suas atitudes.

Alinson disse...

Pastor, a maioria das minhas idéias batem com as do Calvinismo, porém tem um pergunta que eu nunca consegui responder sobre a eleição incondicional. Se aqueles que serão salvos já foi determinado antes de eu nascer , porque preciso evangelizar, ou com que propósito?

renato vargens disse...

Alinson,

Primeiramente é importante que vc entenda que somente Deus sabe quem vai ser salvo, eu e vc não. Em segunda lugar Ele decretou que o Evangelho fosse pregado pela sua igreja. Quando pregamos somos instrumentos de Deus para a Salvação dos eleitos e de condenação para os réprobos.

Spurgeon costumava dizer: "Vocês e eu, somos constrangidos a pregar o evangelho, mesmo que nenhuma alma jamais seja convertida por ele; pois o grande propósito do evangelho é a glória de Deus, visto que Deus é glorificado mesmo naqueles que rejeitam o evangelho".

Abraços,

Renato Vargens

Thiago Ibrahim disse...

Pastor Renato,

Tenho me alimentado muito e todos os dias do seu blog, que me serve como devocional nos momentos de reflexão sobre as escrituras.

Nesse momento estou lendo o livro "Calvinismo" de Abraham Kuyper (disponível para download no Scribd: http://goo.gl/hQSgN). O livro trata o Calvinismo como sistema teológico que a igreja deve adotar como bíblico. É uma dica.

A minha opinião é que, quando se trata de salvação, é mais fácil ensinar nas igrejas o arminianismo (doutrina anti-bíblica), que colabora para acabrestar cristãos, exatamente pelo medo que a liderança tem de deixar que as pessoas vivam a liberdade que Cristo nos oferece e que Paulo fez questão de abordar em Gálatas 5:1.

Que fique claro uma coisa: eu fui doutrinado no arminianismo. Na igreja onde fui criado, só falar o nome Calvinismo é considerado ofensa. Triste que isso aconteça, mas acontece por falta de conhecimento teológico.

Anônimo disse...

É interessante o desconhecimento das doutrinas da Graça em nosso país.

A demonização do Calvinismo é a demonstração do quanto o Evangelho pregado e vivido em nosso país é centrado no homem. A Glória de Deus é trocada pelo holofotes próprios. Assim como a visão de Reino é transformada em construções de impérios!

A falta de percepção de que a maioria das igrejas relevantes e que tem batalhado pelo construção de uma cosmovisão cristã unida a práxis transformadora do Evangelho é constituída por muitas comunidades independentes e jovens com todo o arcabouço doutrinário calvinista.

Outra questão bem pertinente é que igrejas ainda avessas a visão reformada tem começado em suas trincheiras a ter manifestações de jovens calvinistas e contemporanistas! Isso é sem dúvida um fato entre nós.

Creio que a única forma de avivamento por nossa nação passará apartir de um despertamento doutrinário que busque a Glória de Cristo acima de qualquer cisma eclesiastico ou construção de ícones personalistas.

Toda a Glória a Ele!

Josué de Oliveira disse...

Não sinto necessidade de me enquadrar em algum sistema doutrinário fechado (calvinismo, arminianismo, teísmo aberto, etc.). Há certos ensinos do calvinismo com os quais não tenho problemas, outros que me parecem um total disparate. Mas há que se conhecer aquilo de que se está falando, do contrário corre-se o risco de malhar o espantalho, como já foi dito mais acima.
E ter sempre em mente que sistemas doutrinários não são o mais importante para pôr em prática a vocação cristã.

Rodrigo disse...

Não dou crétido a teologia que ganhou o cognome "Calvinismo". Creio sim na soberania do Senhor Altíssimo. Mas segundo textos 'calvinistas' que já li a respeito, resumidamente transmitem a idéia de que muitos condenados - senão todos - serão, assim, condenados ao inferno por terem sido eleitos para tal coisa por Deus.

Mas a própria Palavra nos diz, várias vezes, que Deus não se compraz na morte do ímpio e quer que todos chegem ao conhecimento da verdade.

Cleison Brugger disse...

Creio haver extremos de ambos os lados, e isto, já é sabido por todos.
De um lado, temos arminianos que, sem conhecimento bíblico-teológico, julgam o calvinismo (os calvinistas) erroneamente, sem que antes parem para avaliar ou fazer justas considerações.
Porém, de outro lado, temos muitos calvinistas extremados, que só pelo fato de os arminianos pensarem diferente, já os chama de anti-bíblicos (como dito acima), ignorantes, etc. Conheço excelentes teólogos calvinistas, como muitos excelentes teológos arminianos. Basta lermos e ouvirmos A. W. Tozer e Leonard Ravenhill para sabermos do que estou falando.
Assim, creio que as palavras de Santo Agostinho soam relevantes para nós: "No essencial, unidade; nas diferenças, liberdade; em todas as coisas, caridade".

Paz e bem.

Anônimo disse...

Cleison Brugger, disso tudo!

Não sou calvinista (sinceramente estou bem longe de sê-lo!), mas para mim o maior problema do Calvinismo não é o sistema de doutrinas em si (somente), e sim a famosa e já conhecida "arrogância calvinista", que exala de todos os poros de alguns ditos calvinistas...

Além deste, tem também os velhos e conhecidos problemas dos efeitos que o calvinismo gera em algumas igrejas. Quem conhece bem o contexto presbiteriano, só para citar um exemplo, sabe que em muitas destas igrejas (não todas, mas MUITAS), jovens vivem uma vida de promiscuidade impublicável, golpes contra pastores são desferidos no cair da tarde, há um marasmo quando se fala em evangelismo de qualquer espécie... e por trás de cada uma destas coisas (e de outras) está uma inferência que fora feita por estes irmãos sobre algum ponto da TULIP.

Por exemplo: posso pecar porque sou escolhido; posso me levantar contra meu pastor, pois o que tiver que ser vai ser; não é realmente necessário evangelizar, pois é apenas uma ordem bíblica sem real importância para a salvação do perdido que vai ser salvo de qualquer forma porque já está eleito... e por aí vai.

Sei que todas essas "compreensões" são erradas e errôneas, por isso concluo que: o maior problema do Calvinismo não é apenas seu sistema de doutrinas (que na minha opinião tem algumas falhas), mas o efeito que esse sistema de doutrinas causa nas pessoas.

Um abraço!

Ezequiel Gomes disse...

Não sou calvinista, entretanto eu jamais julgaria o calvinismo como "demoníaco" Esse tipo de juízo, me parece, vem de mentes pequenas e com pouco conhecimento da Palavra de Deus e das múltiplas possíveis implicações filosóficas que os textos bíblicos evocam sobre as questões da Soberania, Eleição, Graça, Liberdade, e todos os outros assuntos ligados com essa faceta do calvinismo, que é um sistema muito mais amplo do que a maioria conhece ou sequer imagina!!!
Pessoalmente preguei um sermão intitulado: "Predestinação e Livre arbítrio: Uma só verdade" que expõe algumas formas incipientes de tentar harmonizar essas duas facetas da questão!

segue o link com o sermão (em áudio) para quem se interessar em estudar mais!

http://simvemsenhorjesus.blogspot.com/2011/11/predestinacao-e-livre-arbitrio.html

Graça Paz!!!

Marcelo André Mittelstädt disse...

O grande problema é a caricaturização, hoje temos uma visão caricaturizada do "Calvinista" e outra do "Arminiano". Normalmente quando vejo essas bobagens sendo ditas tipo: "Calvinismo é do diabo" ou "Livre-arbítrio é do diabo", noto que normamelte vem de quem tem muito pouco conhecimento das escrituras. Eu fico com a ilustração do Rev. Augustus Nicodemus da linha do trem. A predestinação e a responsabilidade humana são ambas doutrinas bíblicas, aos nossos olhos parecem ser paralelas, pois é um mistério de Deus sua verdadeira interpretação, mas lá no horizonte elas se encontrarão, e o horizonte é a glória eterna junto do Pai.

Anamim Lopes Silva disse...

Qualificar o calvinismo como demoníaco e tão injusto quanto fazer mesmo com o arminharíamos. Falo como calvinista!

Unknown disse...

Pastor esse realmente é um encorajamento enorme para se pregar, Deus ser glorificado msm o evangelho sendo rejeitado. Isso muda muita coisa na questão de encorajemento. Mas é claro que tb não podemos nos acomodar e devemos tero discernimento de que a falta constante de resultados pode ser um problema, ja que Deus usa a pregação do evangelho para acrescentar o numero dos que hão de se salvar.

Paulo Sollo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...


Ao menos um equilibrio nisso tudo, pois se fala tanto deste assunto q ja se arrasta por seculos, e acabamos esquecendo do grande mandamento que é o amor ao próximo não como a ti mesmo, mas como Cristo amou a Igreja, logo calvinistas e arminianos acabam se tornando verdadeiras contadições ambulantes, quando por defesas do que "achamos" deixamos de praticar o amor ao próximo...

A DEUS toda glória!

Rafael Vianna

Unknown disse...


Ao menos um equilibrio nisso tudo, pois se fala tanto deste assunto q ja se arrasta por seculos, e acabamos esquecendo do grande mandamento que é o amor ao próximo não como a ti mesmo, mas como Cristo amou a Igreja, logo calvinistas e arminianos acabam se tornando verdadeiras contadições ambulantes, quando por defesas do que "achamos" deixamos de praticar o amor ao próximo...

A DEUS toda glória!

Rafael Vianna

Unknown disse...

ESSE PAPO DE CALVINISMO É COISA DE CRISTÃO QUE TEM QUE TOMAR VERGONHA NA CARA E SE ARREPENDER, VOLTEMOS AO VERDADEIRO EVANGELHO.

Anônimo disse...

as pessoas que criticam a predestinacao,eleicao,esclhidos,nome escrito no livro da vida,me desculpem gente isso e BIBLIA.AGORA ache livre arbitrio na biblia ta escrito onde.amo tds vcs em Cristo

Samuel Messias disse...

Não me considero calvinista nem arminiano. Procuro manter um meio termo, pois creio, assim como Ezequiel Gomes e Marcelo André Mittelstädt, que ambos são o Evangelho e, de alguma maneira, há uma predestinação que não é absoluta e um livre-arbítrio que não é absoluto. Admiro o fato de o Calvinismo glorificar muito mais a Deus, e também admiro o senso de responsabilidade muito mais enfatizado no Arminianismo.
Não posso senão concordar com quem disse que todo calvinista é arminiano quando prega (pois exorta os outros a se arrependerem) e que todo arminiano é calvinista quando ora (pois agradece a Deus por o ter alcançado).
Só não dou crédito àqueles calvinistas que são "mais calvinistas que calvino" e àqueles arminianos que não "mais arminianos que Armínio".

Juliana Sidle disse...

Meu caro pastor,é muito fácil criticar uma doutrina que não se conhece,não é?Negar a predestinação é negar a soberania de Deus,consequentemente é negar a Biblia!Será que essas pessoas nunca leram Romanos 9,10 e 11?Ou nós tambem vamos dizer que o apóstolo Paulo estava endemoniado?Antes de criticarem o calvinismo,procurem conhecer seu corpo de doutrinas sem preconceito,pra depois terem o que argumentar!!!!

Unknown disse...

A paz de Cristo para todos!

Negar a predestinação é antibíbico, todavia negar livre-arbítrio também é antibíblico.

A questão é conciliar as duas verdades que a Bíblia nos apresenta.

Afirmar que o calvinismo é Evangelho, já deixou de ser Evangelho, pois o Evangelho que Paulo pregava dizia o seguinte: "Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes.

Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão.

Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,

foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
1 Coríntios 15:1-4

Como podemos ver claramente no texto acima, o Evangelho pregado por Paulo não fala de predestinação e nem de livre-arbítrio, mas apenas que Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou.

Neste Evangelho que Paulo pregou, ele fala da responsabilidade dos crentes se apegarem firmemente a este Evangelho para que sejam realmente salvos.

O fato de não encontrarmos a expressão livre-arbítrio na Escritura não significa que a mesma não existe, da mesma forma como não encontramos as expressões Eleição Incondiconal, Graça irresistível e Depravação total.

Não creio que o calvinismo seja do diabo ou de Deus, e sim uma tese humana com base em textos bíblicos, isto é, uma corrente teológica que encontra respaldo bíblico.

O problema do calvinismo é negar o livre-arbítrio que também é uma tese humana com base bíblica, apenas para manter a sua tese.

Não creio que o livre-arbítrio retire a glória de Deus ou que torne a salvação mérito do homem.

Pra mim o problema do calvinismo e dos calvinistas esta no fato de negar o que a Bíblia ensina claramente, isto é, a liberdade de decisão que Deus deu ao homem. Um outro problema que percebo é que muitos calvinistas pensam que a Teologia da reforma é a única teologia correta, quando na verdade a única teologia correta é a bíblica, ensinada pelos apóstolos e pelos escritores sagrados. Qualquer teologia humana é passível de erros, tanto que os calvinistas e arminianos creem que só a Escritura é infalível.

Outro problema que vejo e que já foi comentado aqui, é o efeito que a doutrina calvinista gera nas pessoas. Por um lado os calvinistas dizem que os arminianos vivem com medo de perder a salvação, por outro lado, muitos que abraçam a teologia calvinista se entregam ao pecado porque creem que foram escolhidas e que nada vai tirar a sua salvação. Eles só esquecem que os crentes foram eleitos para serem santos e irrepreensíveis.

O que torna alguém santo não é a teologia reformada (calvinista) e nem pentecostal (arminiana), mas somente a Palavra de Deus. Conheço homens santos, sérios, piedosos e regenerados de ambos os lados, como também encontro homens que não entenderam nada do verdadeiro Evangelho dos dois lados. Pra mim o que santifica o homem é a Escritura Sagrada e não a teologia A, B ou C. A teologia tem a sua importância, mas não substitui a Palavra de Deus.

Portanto, a única teologia divina é a que encontramos na Escritura Sagrada, qualquer outra que é derivada da Escritura é uma teologia humana passível de erros. Por isso que temos a famosa frase "Somente a Escritura".

Um grande abraço em Cristo!

Maná do Reino disse...

Só uma dúvida Pastor sobre a eleição incondicional...

Se Deus escolheu uns e outros não, sendo que Ele não faz acepção de pessoas, qual foi o motivo/razão dessa escolha? Se todos pecaram e carecem d glória de Deus, porque Deus escolheria uns e não outros? Existiria alguma lógica ainda que não humana para Deus conceder graça a um grupo seleto?

Obrigado por dispor de tempo para responder a minha dúvida.
Grande Abraço.

Unknown disse...

E por isso que eu não creio nessa doutrina, por causa de pessoas arrogantes como você, me recuso à acreditar que são cristãos muito menos salvos.

Joversi disse...

Hummm, então toda doutrina é falsa porque sempre teve defensores arrogantes em qualquer uma delas. Parabéns pela sua "lógica". Epa... fui arrogante?

Joversi disse...

Alinson, paz. Aproveu a Deus decretar que as pessoas seriam salvas pelo escândalo da Cruz, anunciado no Evangelho. E Ele mesmo decidiu que o Evangelho seria o meio para a salvação.
Em suma, ninguém é salvo se não clamar "arrependido aos pés de Cristo"; e isso o Espírito opera pela verdade do Evangelho.

Unknown disse...

eu tenho um conhecimento teologico, em especial do calvinismo, e não são espantalhos não, calvinismo é isso mesmo: dupla predestinação arbitraria, transforma deus em autor do pecado, oferece salvação a pessoas que este deus nao quer que sejam salvas, etc etc calvinismo é isso aí sim

disse...

Bom dia, pastor.
O item 1 não é a única coisa no calvinismo, mas é o que gera o maior desgosto em quem não entende a eleição incondicional, que é o meu caso.
Meu comentário, na verdade, é um desabafo: nunca consegui entender a razão pela humanidade estar "destinada" (ou chamemos como quisermos) à condenação pelo erro de Adão e Eva, exceto alguns que Deus elegeu desde antes da fundação do mundo. Não consigo deixar de pensar nos que não foram eleitos e não têm chance, segundo a eleição incondicional, e não fizeram nada para merecerem isso. Um dos pontos que nunca consegui entender no cristianismo (seja calvinista, arminiano ou qualquer outro) é o fato de nascermos desgraçados sem termos feito nada (eu não fiz nada antes de nascer para merecer o inferno), a não ser que seja um dos "eleitos desde antes da fundação do mundo".

Perdoe se meu comentário parecer meio rude, pastor, mas é um assunto que realmente me assusta, pois não entendo como alguém consegue pregar essa eleição incondicional sorrindo, sem pensar nos que não foram eleitos e nos motivos para isso.

Um grande abraço, graça e paz.

Menandro Gomes disse...

Da depravação total (ou radical) Diz Calvino: […] assim também não é de admirar se a alguns réprobos Deus ilumine com os raios de sua graça, os quais, mais tarde, permite que se extingam. Quanto à iluminação dos réprobos, finalmente se dissipa e perece” (As Institutas Livro III, cap. II, p.) O calvinismo é sim diabólico, pois é insustentável os que defendam que Deus não insere nos maus, o bem que os move a praticar, posto que ação da Graça Divina em relação depravados seria apenas externa e temporária, e só para conter todo mal que há neles.O que distancia a Escolástica Católica do calvinismo, inclusive em suas bifurcações no neocalvinismo ou calvinismo moderado, defensor da depravação radical, é que esses sistemas sustentam que a Bondade e o Bem de Deus estará no pecador inconfesso sempre como um fator externo, sendo que esse pecador jamais será chamado a participar desse Bem, e convidado por Deus para se inserir no âmbito dessa Bondade. Mas não é isso que ensinam a Igreja e Escrituras: “Sendo que somos COOPERADORES com Ele, nós exortamos também para que vocês NÃO RECEBAM A GRAÇA DE DEUS EM VÃO. ” (II Coríntios 6,1-2) ”
Concílio de Orange (ano 529):
“Enquanto praticamos o bem Deus opera em nós, e conosco, de forma que possamos praticá-lo” (Cânon 9) se o homem mal não é levado à participar da Bondade de Deus, para que através dessa Bondade gratuita ele seja movido à salvação, e se esse mesmo Deus dá aos perversos, certa Graça, e certa Bondade, mas impede que essas virtudes os conduzam ao desejo de querer o caminho do crescimento espiritual e da santidade necessária a salvação, então Deus é o responsável pelo pecado e pela perdição deles, por lhes negar o Bem, infringindo assim, a sua própria lei eterna: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. (São Tiago 4.17) ” Ora, só a um “deus demônio” que tem prazer sádico à perversidade e ao malogrou de suas criaturas, se pode se imputar tal conduta.

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