Certa feita, numa reunião de pastores, cada pastor deveria se apresentar dizendo seu nome e igreja. Quando chegou a vez de um conhecido pastor, ele dirigindo-se a todos disse: " Fulano de tal, pastor da igreja tal, 5 mil membros.
Pois é, não sei se você já se deu conta, mas, parece que inúmeros pastores tornaram-se aficionados por números. Volta e meia vejo os líderes eclesiásticos das mais mais variadas denominações perguntando uns aos outros: quantos membros sua igreja tem? Na verdade, parece que do ponto de vista de alguns, quanto mais abençoada for uma igreja, maior ela será. Nessa perspectiva, não são poucos aqueles que fazem tudo que está ao seu alcance para aumentar o número de frequentadores de suas reuniões dominicais. o que de certa forma não pode e nem tampouco deve ser condenado.
A questão é: Quando uma igreja cresce em números, as demandas também aumentam e com ela a necessidade da construção de mega-templos, o que por si só torna-se um grande e hercúleo desafio. Digo mais: Será que uma igreja ao envolver-se na construção de um grande e nababesco templo não mina as suas forças? Será que os recursos usados na construção de templos gigantescos não poderiam ser usados de outra maneira?
Particularmente penso que uma igreja saudável, que cresce e se multiplica para a glória de Deus, em vez de dedicar todos os seus esforços e recursos na construção de grandes templos, deveria plantar outras igrejas pelo fato de que isso lhes traria alguns benefícios, senão vejamos:
1-) Os crentes seriam melhor pastoreados. Tenho uma amiga, que por muitos anos frequentou uma igreja de porte médio numa cidade perto da minha. Por motivos diversos, ela teve que mudar do bairro onde morava para outro mais distante, o que por questões financeiras impediu a sua permanência na igreja. Em virtude disto, passou a frequentar uma famosa e grande comunidade cristã, cujo numero de membros ultrapassava os três mil. Lá ela permaneceu por aproximadamente três anos, até que num determinado dia ao entrar em um elevador comercial, encontrou o seu pastor. Para seu espanto e perplexidade, nossa irmã descobriu que o seu líder espiritual não sabia seu nome, nem tampouco a conhecia. Chocante isso não? Em mega-igrejas, o contato com os pastores é quase que impossível, o que dificulta e atrapalha o discipulado cristo e pastoreamento do rebanho.
2-) Os recursos da construção do mega-templo poderiam ser usados na plantação de novas igrejas e no envio de missionários a regiões inóspitas e de difícil acesso.
3-) Com isso teríamos mais campos de trabalho e espaço para o trabalho de mais pregadores do evangelho, que poderiam com mais propriedade e profundidade, cuidar e pastorear o povo de Deus.
4-) Haveria mais eficácia no discipulado cristão, sem contar que com isso, muitos crentes deixariam de ser mais um na multidão, tornam-se assim úteis no serviço cristão, dedicando-se a Deus numa comunidade em que ele teria espaço para trabalhar e servir ao Senhor e seus irmãos.
Pense nisso!
Renato Vargens
É. Tem razão. Eu também sou contra esse tipo de coisa. Particularmente, eu, que sou pastor e missionário na Argentina, prefiro as igrejas pequenas. Ai todos se conhecem. Em uma igreja grande será muito difícil o pastor cumprimentar, pelo menos, uma vez por mês.
Se não houver uma boa administração espiritual muitos ficarão sem ser discipulados.
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