quinta-feira, setembro 29, 2016

Niilistas eclesiásticos e a condenação de reunião nos templos


Por Renato Vargens

Alguns desigrejados são simplistas, unicamente pelo fato de vociferarem aos quatro ventos que a igreja do primeiro século nunca construiu templos, o que depõem de modo assertivo contra aqueles que hoje o fazem. 

Pois é, segundo o pensamento destes niilistas eclesiásticos, o templo não passa de de uma estrutura antibíblica que precisa ser combatida e desconstruída na cabeça dos crentes. Todavia, o que estes irmãos desconhecem é que a igreja não se reunia em lugares públicos pelo fato de que até o ano 313 a fé cristã não era prescrita. Contudo, quando Constantino emitiu o Édito de Milão, a impossibilidade dos cristãos se reunirem sem serem aviltados deixou de existir, possibilitando com isso a liberdade dos crentes cultuarem livremente ao Senhor. Ademais, como bem afirmou o escritor Mauricio Zágari, (aqui) vale a pena ressaltar que escavações arqueológicas revelaram um antigo local de culto cristão do mundo localizado em Rihab, a 40 Km de Amã, na Jordânia, construído entre os anos 33 e 70 da nossa era. A tese dos arqueólogos sustenta que o local acolheu os primeiros cristãos até à data em que os romanos abraçaram oficialmente a fé, no século IV. Além disso, as Catacumbas de San Calixto, em Roma, as quais visitei, encontram-se, em meio as sepulturas, câmaras que serviam para a celebração religiosa e a realização de cultos o que revela que a Igreja primitiva nunca teve nada contra a reunião e a celebração litúrgica de cerimônias cristãs em ambientes especificamente preparados para esse fim. Lembro que ao visitar aquele lugar fui tomado de perplexidade em descobrir que irmãos em Cristo reuniam-se dominicalmente "embaixo da terra" para glorificar ouvir a Palavra, participar dos sacramentos, e celebrar a Cristo. 

Lamentavelmente os adeptos e defensores do niilismo eclesiástico, defendem o desigrejamento prestando com isso um desserviço a igreja de Cristo, ensinando assim conceitos antibíblicos, fundamentados numa exegese equivocada onde o cristianismo defendido é uma espécie de darbismo, cujas organizações, confissões ou vínculos eclesiásticos visíveis, são veementemente condenados.  

Isto posto, afirmo sem titubeios que o discurso contrário a igreja feito por estes além de antibíblico, é fraco, desprovido de raciocínio lógico e principalmente teológico, cujo conteúdo ilude todo aquele que comprovadamente encontra-se despreparado bíblica e teologicamente.   

Renato Vargens
dinoraverdade.blogspot.com.br disse...

Caro Pr. Renato Vargens, gosto muito do senhor, respeito sua teologia, mas discordo de Templos única e exclusivamente porque os pastores que eu conheci, e conheço, na sua grande maioria deixam criar nos crentes a fé de que Deus habita nos Templos, que lá é a Casa de Deus, que é lá que Deus habita e fala conosco, e que devemos frequentar os Templos para sermos aceitos por Deus.
Eu mesma quando faltava remotamente de um culto no Templo, quase morria de remorso. Eu costumava ir todos os dias no Templo, e isto me deixava com a sensação confortante do dever cumprido.
Hoje não sou mais assim. Sou crente de berço, já tenho 66 anos, mas só agora é que parei de deixar o cérebro do lado de fora da porta ao adentrar um Templo Evangélico, e só agora, após os meus 60a nos de idade, é que passei a examinar a Biblia sem precisar de pastor. Ufa! Que alívio! Que liberdade, a liberdade de que Paulo falou!

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