terça-feira, maio 18, 2010

As rádios evangélicas e o show bussiness gospel.

Por Renato Vargens

Confesso que eu tenho uma enorme dificuldade em ouvir a programação de algumas rádios evangélicas. No entanto, na última sexta feira, enquanto dirigia meu carro em meio ao caótico trânsito do Rio de Janeiro resolvi sintonizar o meu dial numa famosa rádio gospel. Ao fazê-lo,  ouvi canções que homenageavam a mulher amada, a mãe querida,  pregações distorcidas, canções extravagantes e antropocêntricas, manifestações politiqueiras dos pilantras da fé, além das doutrinas espúrias daqueles que se auto-denominaram apóstolos de Cristo.

Para piorar a situação,  a rádio em questão, em vez de gastar o seu precioso tempo propagando os valores do Reino,  optou por divulgar um tipo de correio do amor, onde homens e mulheres abriam o coração deixando os seus recados e celulares na expectativa de encontrar o amor perfeito.

Sinceramente o chamado mercado gospel me enoja! Saber que homens e mulheres em nome de Deus se tornaram "artistas gospel" mercadejando a mensagem da Salvação Eterna, me deixa escandalizado. Confesso que não suporto mais ver a paganização do cristianismo, nem tampouco a comercialização da fé. Em nome de Cristo, os chamados artistas de Deus cobram cachês altissímos, exigindo daqueles que os contratam, mordomias e benesses especiais. Se não bastasse isso, usam roupas escalafobéticas, contratam seguranças e alimentam os seus fãs clubes com estrelismo e requinte.

Para piorar a situação algumas rádios chamadas evangélicas, "cartelizaram" a fé, tocando em seu dial somente as músicas dos artistas contratados por suas gravadoras. Junta-se a isso o fato, que tais rádios incentivam o estrelismo, levando boa parte do povo cristão a uma idolatria velada de seus artistas gospel. Em nome de Deus, cantores e cantoras, envolvidos por uma super-produção exigem tratamento VIP por parte daqueles que o contrataram proporcionando assim o surgimento de uma teologia musical non sense.

Caro leitor, infelizmente os culpados por essa idolatria gospel, por esse mercantilismo nojento são os pastores evangélicos, que permitiram com que a Casa do Senhor se transformasse num balcão de negócios.

Isto posto, acredito que a sáida para este embróglio maldito, é o fechamento do púlpito cristão para essa corja mercantilista que só pensa em ganhar dinheiro.

NEle que reina e governa com justiça,

Renato Vargens
OH ! GLÓRIA. disse...

Eu também não concordo com este capitalismo gospel, porém ouço no carro ao me deslocar de um endereço para outro uma rádio evangélica, principalmente nos debates às 11:00hs onde participam pastores de linhagem diferentes e suas opinióes não são bloqueadas quando são baseadas na biblia, louvores alguns me agradam, porém prefiro assim do que ouvir uma estação secular onde vira e volta temos palavrões, horóscopo, pai de santo, futebol o tempo todo e outras babozeiras, a única rádio que ouço fora do contexto evangélico é a 95,7FM Paradiso sul américa ( aqui no RJ ), ouço nas rádios evangélicas pastores de conduta e caráter de excelente quilate, por outro lado ninguém chega ao acerto sem erros, e temos que " examinar tudo e reter o que é bom " 1 Tessalonissense 5:21, qual de nós está em perfeita feitura de suas obrigações em todos os sentidos desde o plano terreno até com os compromissos com DEUS ?

Auxiliar é uma boa arma, mandemos sugestões, haja dialogo, temos vários mecanismos hábeis para somar.

Gilbert Raposo, um aprendiz em Cristo Jesus.

Moacir Viana disse...

e porque os mesmos que critícam essas atitudes , tem seus proprios "livrinhos e afins" a venda, mesmo que por um singelo precinho???
realmente não consigo entender!!!
venda é venda!!! a única diferença é que os caras são espertos...e já que é pra vender vamos fazer valer a pena!!!
me da nojo o que fizeram com o cristanismo que deveria ser um modo de viver e o fizeram um meio de vida!!!

Anônimo disse...

Talvez você conheça, mas a frase definitiva sobre essa absurda mercantilização do "mercado gospel" (argh, desde quando Cristo Jesus é mercadoria?), especialmente o musical, veio do Asaph Borba.

Há alguns anos, perguntado por que suas músicas praticamente não tocavam nas rádios (ditas) evangélicas, por que raramente era convidado para os "shows gospel", veio a resposta gauchesca, curta e grossa:

"Para o artista, o lugar dele é o palco. Para o ministro, o altar, tchê!"

O resto, bem, é o resto... vai da consciência de cada um, dos interesses de cada um: estou levando a Boa Nova, estou louvando e glorificando a Deus... ou estou glorificando o meu ego e bolso?

Soli Deo Gloria!

Paz e bem.


Abçs.
g.

Guilherme R Basilio

Anônimo disse...

Fizeram do louvor um meio de vida,o que seria para Deus, hoje é um meio de ganhar fama e dinheiro,confesso que não ouço radio seja ela evangélica ou não, há muita hipocrisia,tudo hoje é dinheiro temos artistas do louvor,temos pregadores como o sacerdote da casa de Mica que deixou de ser sacerdote de Deus para ser sacerdote de um homem que o pagava,temos escritores, tudo hoje gira em termos financeiros é realmente nojento!

Moysés Tadeu disse...

além de tudo isso, esses programas possuem 30 segundos de mensagem edificante, e o restante passam só pedindo dnheiro para o tal "ministério". é uma falácia, esses programas só servem para manter as pessoas na ignorância, nada de bíblia e nada de reflexão, nada de pensar. Hê vida de gado, povo marcado, povo (IN)feliz.

NICODEMOS disse...

Paz seja com todos

Há que se concordar que vender buscando a subsistencia é lícito e adequado quando se diz respeito a cd e livros.

mas quando se espiritualiza objetos e lhes confere poderes miraculosos e se coloca a venda tais benesses é então que a apostasia e as heresias se manifestam.

Pregar o evangelho não pode ser cobrado.
um livro escrito e editado pode ser cobrado.

Louvar e adorar a Deus não pode ser cobrado.
as gravações de musicas em midias pode sim ser cobrado.

Orar, curar e expulsar demõnios não pode ser cobrado.

Fora com o mercantilismo de dentro das igrejas e dos meios de comunicação (falo como objetivo central ou que demande tempo grande).

A pregação do Evangelho deve sim ser o centro do louvor e principalmente da pregação do Evangelho.

Edu Leal disse...

Graça e paz!
Caro Pr. Renato,
Lembro-me que o Apóstolo Paulo fazia redes para seu sustento; e, se não estou enganado, Pedro pescava.
Hoje não vemos muitos pastores fazendo isso.
Vejo-os em sua grande maioria sendo sustentados pela igreja local onde, em sua maioria, é composta de classes menos abastadas.
Você querido pastor, vende seus livros que são editados. Talvez tenha outra renda independente do seu ministério. Confesso que não sei.
Os cantores vendem suas músicas que gravaram com muita qualidade. Acho que tanta ou mais que seus livros.
Não nos cabe julgar se vocês que usufruem dos seus ministérios para, digamos aumentar a renda, o façam por vocês mesmos ou se é para glorificar a Deus - a Ele toda honra, toda glória e todo louvor, amém.
Não concordo - e nisso te dou toda razão - com os excessos tanto de cantores quanto pregadores (pasrtores, evangelistas, missionários, etc).
Nisso podemos diferenciar quem glorifica a Deus e quem glorifica a si mesmo.
Deus te abençoe!
Eduardo Leal
Membro da PIB Jardim Alcântara

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