quarta-feira, setembro 02, 2009

Parábolas do cotidiano - Parte I

Depende do uso que se faz dela

Por Renato Vargens

Conta-se que por volta do ano 500 a.c, um mercador grego, rico, queria dar um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria. O escravo voltou com belo prato, coberto com fino pano. O mercado removeu o pano e assustado disse:

- Língua? Este é o prato mais delicioso?

O escravo sem levantar a cabeça, respondeu:

- A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água, diz “mamãe”, faz amizades, conhece pessoas, distribui seus bens, perdoa. Com a língua, você conquista, reúne as pessoas, se comunica, diz “meu Deus”, ora, canta, conta histórias, guarda a memória do passado, faz negócios, diz “eu te amo”.

O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria do seu escravo e o enviou novamente ao mercado, ordenando-lhe que trouxesse o pior dos alimentos. Voltou o escravo com lindo prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou, ansioso, para conhecer o alimento mais repugnante.

- Língua, outra vez! Disse o mercador, espantado.

- Sim, língua, respondeu o escravo, agora mais altivo. É a língua que condena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que você blasfema e pronuncia impropérios. A língua expulsa, isola, engana o irmão, responde a mãe, xinga o pai...

A língua declara guerra! É com ela que você pronuncia a sentença de morte.

Não há nada pior que a língua, não há nada melhor que a língua.

Depende do uso que se faz dela.

Caro leitor, como bem disse Tiago, a língua é um pequeno membro do corpo, mas exerce um poder destruidor que ultrapassa todos os outros. Como o leme de um navio ou freio na boca de um cavalo, este pequeno membro é incrivelmente poderoso. Como uma faísca pode iniciar um fogo que destruirá uma floresta, assim a língua descontrolada pode destruir uma alma e criar uma miséria terrível para outros. “Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (Tiago 3:7-8).

E você? De que forma tem lidado com ela?

Pense nisso

Renato Vargens

GILBERT RAPOSO disse...

Em algumas situações silencio é sabedoria, saibamos também jogar a palavra certa no momento certo para não ferirmosniguém.
Gilbert Raposo, um aprendiz em Cristo Jesus.

Daniel Lindolfo disse...

Parabens pastor Renato eu gostei muito do seu texto .....
brigado Deus por ter dado esse dom ao Pastor o dom da palavra

Unknown disse...

Ótimo post, bem reflexivo!

Augusto Elias disse...

Pois é,
Podemos destruir ou construir toda uma vida através da língua.O resultado de muitas alegrias e tristezas se deram por palavras que foram exteriorizadas pela língua.Grandes homens ao longo dos séculos resistiram a pressões e receberam vitórias porque empregaram as atitudes através da palavra e no momento certo.
QUE DEUS POSSA NOS REVESTIR DE SABEDORIA PARA QUE POSSAMOS EMPREGAR A PALVRA CERTA,NA HORA CERTA E NO MOMENTO ADEQUADO.

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