Carta aberta ao cidadão brasileiro.

Por Renato Vargens

Olá como vai? Prazer em conhecê-lo! O meu nome?  Daqui a pouco eu te digo!  O que faço? Ah! O que mais gosto de fazer é prejudicar aqueles que vivem em minhas terras! Quer alguns exemplos? Tá bom! Vamos lá!

A minha taxa tributária é a maior do mundo.  Tenho por hábito extorquir o bolso do cidadão! O IPVA que costumo cobrar dos donos de automóveis é altissimo! E o combustível? AH! Esse nem se fala é o mais caro do planeta!  

Hummm! Tudo bem!  Preciso confessar uma coisa! Sinto um prazer mórbido em cobrar! Eu gosto de cobrar IPTU, ICMS, taxa de iluminação pública, gosto de taxas de juros elevadas e muito mais. No entanto, preciso compartilhar uma tristeza, acabaram com a CPMF, mas deixe estar, os meus asseclas, os politicos, a trarão de volta. Eu creio nisso!

O tratamento que dou a sáude é asqueroso, isso sem falar na qualidade dos hospitais públicos que são de fazer inveja aos países mais miseráveis da mundo.  

E a  educação?  AH! Esse é um dos meus maiores orgulhos! Pago mal aos professores, distribuo  comida estragada para os alunos, isto sem falar que tenho a honra de fingir que alfabetizo crianças. 

E as leis? Ora, essas são feitas para ferrar o pobre! Aliáis, eu não gosto de pobre! Imagine, eu um país tão rico, tendo que conviver com pobre?  Sabe de uma coisa? Eu quero mais é que pobre morra!  Eu gosto é de dar esmola, bolsa família, auxilio merenda, auxilio funeral e muito mais. Eu quero um pobre mais pobre, tendo a impressão que deixou de ser pobre, para que alcance um espírito esnobe, que o leve a cegueira de não se achar pobre.

E a Constituição? Por favor não me façam rir! Eu rasgo a constituição! O que quero é ver a satisfação dos meus filhos amados, os políticos! Afinal de contas eles trabalham tanto roubando o povo, que merecem ser  agradados. Coitadinhos dos meus filhos! Eles tem se doado tanto naquele antro de podridão  denominado Congresso Nacional!  Puxa vida! Eles precisam de um incentivo não é verdade?

Tá bom, tá bom!  Nem todos estão no Congresso, existem alguns que trabalham em outros lugares, execercendo os cargos de prefeitos,  governadores e ministros de Estado e que precisam de um agrado por fora, até porque, o que ganham de salário é tão pouco!

Bom, vamos deixar isso para lá!  A vida segue não é verdade?  Precisando dos meus préstimos é só ligar! Ih! Já ia esquecendo de lhe dizer o meu nome. Muito prazer, meu nome é Brasil!